Ex-presidente usou duas vezes em um minuto o termo "golpe" para definir o impeachment de Dilma Rousseff. "Tentou se esquivar, mas projeto econômico o entrega", diz Dilma
São Paulo – RBA - A participação do ex-presidente Michel Temer (MDB) no programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite de ontem (17), ganhou as redes e rodas de discussões políticas em todo o país. O destaque foi o momento em que chama o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), em 2016, de “golpe”. O reconhecimento veio junto de uma tentativa dele de se desvincular da articulação golpista.
Dilma afirmou que a fala de Temer foi um “sincericídio”. “Admitiu que eu sofri um golpe de Estado e disse que se Lula tivesse ido para o meu governo não teria havido o impeachment”, completou a ex-presidenta, ao mencionar a continuação da fala de Temer de que se Lula não tivesse sido impedido pela Justiça de assumir a Casa Civil naquele ano, o golpe fracassaria.
O impedimento de Lula veio na esteira de uma jogada do ex-juiz Sergio Moro e da força-tarefa da Lava Jato, que vazaram conversas entre Lula e Dilma. Dos 22 áudios grampeados ilegalmente por Moro, o ex-juiz vazou apenas um, fora de contexto, com objetivo de manipular a movimentação e causar a impressão de que Lula estaria em busca de foro privilegiado.
Moro foi premiado por sua ação contra os petista e nomeado ministro da Justiça e da Segurança Pública pelo maior beneficiado com a ausência de Lula na eleição, Jair Bolsonaro (PSL). A narrativa contou com a conivência do Judiciário. Tais manobras ficaram às claras após a série de matérias conhecida como Vaza Jato começar a circular, com trabalho de jornalistas do The Intercept Brasil e outros parceiros. (...)
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