22 novembro 2008

Poema
















A outra porta do prazer


A outra porta do prazer,

porta a que se bate suavemente,

seu convite é um prazer ferido a fogo

e, com isso, muito mais prazer.

Amor não é completo se não sabe

coisas que só amor pode inventar.

Procura o estreito átrio do cubículo

aonde não chega a luz, e chega o ardor

de insofrida, mordente

fome de conhecimento pelo gozo.


Carlos Drummond de Andrade

Um comentário:

Jean Scharlau disse...

Vou testar esta cantada dia desses.