Em reunião com o ministro Gilberto Carvalho, secretário de Juventude da CUT enaltece a Política Nacional de Participação Social, mas aponta a reforma política como indutora das mudanças
Escrito por: William Pedreira*
“Precisamos avançar nas reformas estruturantes para consolidar a participação popular”, enfatizou Alfredo Santos Jr., secretário nacional de Juventude da CUT, durante a reunião de movimentos da juventude com o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, nesta quarta-feira (18), para debater a Política Nacional de Participação Social (PNPS).
Alfredo enalteceu a iniciativa do governo que responde em parte as insatisfações e críticas expressadas nas manifestações de junho, mas acredita que a reforma política é a grande indutora das mudanças. "Os movimentos sociais se organizaram para dar uma resposta a partir de um Plebiscito Popular para pautarmos a necessidade de uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político", disse.
O Plebiscito está marcado para ocorrer entre os dias 1º e 7 de setembro. Já são mais de 400 comitês organizadores espalhados por todo o Brasil, sendo que o principal deles, chamado de Secretaria Operativa Nacional, funciona na sede da CUT em São Paulo. "2015 será o ano da reforma política, da democratização dos meios de comunicação, da reforma agrária, das reformas de base, porque o país precisa dar continuidade no processo de fortalecimento das políticas públicas com participação popular."
O decreto presidencial que estabelece a participação social como método de governo e amplia a possibilidade da sociedade civil participar, debater e contribuir com propostas foi e tem sido alvo de ataques de uma elite e de uma direita conservadora que possui repulsa a qualquer expressão que vise aprofundar a participação popular.
Para o ministro Gilberto Carvalho, espanta o fato de um decreto aparentemente tranquilo e que não traz grandes novidades em relação ao quadro vigente, seja alvo de tanta polêmica, sobretudo, nos editoriais dos jornais. “Se é verdade que o debate atual gerou uma série de incompreensões, interpretações forçadas e ideológicas, por outro lado trouxe a tona um tema que em geral não se debate na sociedade: a insuficiência da participação social”, ressaltou.(...)
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