Por Marcelo Pires Mendonça*
“Quando a ruína do povo chega a tal ponto que nas cidades e
nas aldeias há sempre massas de desempregados, quando os patrões amealham
enormes fortunas e os pequenos proprietários são substituídos pelos
milionários, então o operário isolado transforma-se num homem absolutamente
desvalido diante do capitalista.
O capitalista obtém a possibilidade de esmagar
por completo o operário, de condená-lo à morte num trabalho forçado, e não só
ele, como também sua mulher e seus filhos.
Com efeito, vejam as indústrias em
que os operários ainda não conseguiram ficar amparados pela lei e não podem
oferecer resistência aos capitalistas e comprovarão que a jornada de trabalho é
incrivelmente longa, até de 17 e 19 horas, que criaturas de cinco ou seis anos
executam um trabalho extenuante e que os operários passam fome constantemente,
condenados a uma morte lenta.
Exemplo disso é o caso dos operários que
trabalham a domicílio para os capitalistas; mas, qualquer operário se lembrará
de muitos outros exemplos! Nem mesmo na escravidão e sob o regime de servidão
existiu uma opressão tão terrível do povo trabalhador como a que sofrem os
operários quando não podem opor resistência aos capitalistas nem conquistar
leis que limitem a arbitrariedade patronal.” (Vladimir Lênin, Sobre as
Greves)
***
*Marcelo Pires Mendonça (foto) é professor. Trabalha na Secretaria de Educação do Distrito
Federal. Foi Coordenador-Geral de Instâncias e Mecanismos de Participação
Social da Presidência da República. É filiado ao Partido dos
Trabalhadores.
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