Por Marcelo Pires Mendonça*
“O fato de o aumento das
necessidades e dos meios de satisfazê-las resultar em uma falta de atendimento
das necessidades e meios de satisfazê-las, é demonstrado de várias maneiras
pelo economista (e pelo capitalista).
Primeiramente, reduzindo as necessidades
do trabalhador às míseras exigências ditadas pela manutenção de sua existência
física, e reduzindo a atividade dele aos movimentos mecânicos mais abstratos, o
economista assevera que o homem não tem necessidade de atividade ou prazer
além daquelas; e no entanto declara ser esse gênero de vida um gênero humano de
vida.
Em segundo lugar, aceitando como padrão geral de vida (geral por ser
aplicado à massa dos homens) a vida mais pobre que se possa conceber; ele
transforma o trabalhador em um ser destituído de sentidos e necessidades, assim
como transforma a atividade dele em uma abstração pura de toda atividade.
Assim, todo o luxo da classe trabalhadora parece-lhe condenável, e tudo que
ultrapasse a mais abstrata exigência (quer se trate de uma satisfação passiva
ou uma manifestação de atividade pessoal) é encarada como luxo.” (Karl Marx,
Manuscritos Econômico-Filosóficos)
***
*Marcelo Pires Mendonça (foto) é
professor. Trabalha na Secretaria de Educação do Distrito Federal.
Foi Coordenador-Geral de Instâncias e Mecanismos de Participação Social da
Presidência da República. É filiado ao Partido dos Trabalhadores.
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