Infindável crise política
Jornal do Comércio - por Edgar Lisboa, correspondente em Brasília - O deputado federal Marco
Maia (PT/RS, foto), ex-presidente da Câmara dos Deputados, faz uma avaliação do
momento em que o País vive e as relações entre o Congresso Nacional e o Palácio
do Planalto. Segundo o parlamentar, "primeiro, nós precisamos resolver a
crise política que o País atravessa, para poder cuidar da crise econômica. E o
grande mal que hoje nós temos é exatamente esta crise política, que é
praticamente infindável. Nós temos denúncias, temos investigações em curso,
temos ataques que são feitos contra o presidente Michel Temer (PMDB). Portanto
há uma instabilidade política enorme no Brasil, que nós vamos precisar
resolver", assinalou. Marco Maia conta que tem acompanhado, dentro do
Congresso Nacional, o debate e percebe que "há, neste momento, uma
tentativa por parte da base de sustentação do governo Michel Temer de
blindá-lo, de protegê-lo, de criar uma carcaça de proteção e, com isso, impedir
qualquer tentativa de cassação, de abreviação do seu mandato". Na
avaliação do deputado, com a decisão tomada pelo Tribunal Superior Eleitoral,
na semana passada, esse setor dentro do Congresso ganhou força, ganhou
musculatura".
Tucanos fortalecem Temer
"Com a decisão tomada pelo PSDB, de
sustentar, de permanecer no governo, se consolidou ainda mais essa ideia da
permanência do Michel Temer à frente da presidência da República", afirma
Maia. Acrescentando que, "com isso, a crise política permanece. Nós vamos
viver ainda alguns meses de crise política, de crise institucional, de disputa
entre os Poderes, o que vai, na minha avaliação, também agravar a crise
econômica. O que nós precisamos é de uma saída na política. E a saída na
política, neste momento, seria a abreviação do mandato de Michel Temer com a
convocação de uma eleição direta no País imediatamente". Para Marco Maia,
"isto permitiria que o povo tomasse a decisão, elegesse o projeto que
gostaria que governasse o País, dando ao Brasil uma estabilidade política que
poderia permitir ao País reconstruir a estabilidade econômica. Não acontecendo
isso, nós vamos conviver, até novembro, dezembro do ano que vem, com uma crise
política contaminando a economia e prejudicando a todos os trabalhadores",
avalia.
Fonte: http://jcrs.uol.com.br
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