Por Fernando Brito*
Quatro em cada cinco brasileiro (81%) desaprovam a reforma das leis
trabalhistas que entram em vigor amanhã, sábado. Pesquisa da
Vox Populi, encomendada pela CUT e realizada no final de outubro (dias
27 a 31), mostra uma aprovação mínima, semelhante á de seu autor, Michel
Temer: apenas 6% aprovam.
Talvez nem isso tenha, a partir de segunda-feira, quando os
empregados começarão a ser chamados para “acordos individuais” sobre
jornada de trabalho, banco de horas, parcelamento de férias e intervalos
para amamentação. Ou quando entrar em operação o “bico legalizado”,
chamado de trabalho intermitente, onde o sujeito só trabalha quando for
chamado pelo patrão, e recebe de acordo com as horas de serviço
prestadas. Nem mesmo um mínimo de horas a ele se garante: é o “só uso
quando preciso” transferido para as relações de trabalho.
Mesmo com o pouco, quase nenhum, espaço dado na mídia para a crítica à
nova legislação e a enxurrada de empresários e colunistas que a louvam,
67% dos brasileiros sabem que ela será boa para os patrões e outros 15%
que não será boa para nem para eles, nem para os empregados.
Talvez estes últimos sejam os que mais razão têm, o que se verá
quando a enxurrada de ações judiciais começar a crescer no horizonte.
*Via Tijolaço
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