19 janeiro 2018

"Olhando para os autos, não há como o tribunal punir ou dar continuidade à sentença que foi proferida por Sérgio Moro" (Deputado Marco Maia)


 Deputado Federal Marco Maia (PT/RS)

*Saiu hoje na Coluna do jornalista Edgar Lisboa, Repórter em Brasília do Jornal do Comércio, de Porto Alegre/RS: 

PT anunciará Lula candidato

O deputado federal gaúcho Marco Maia (PT), ex-presidente da Câmara dos Deputados, prevê em Porto Alegre, no julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que acontece na próxima quarta-feira, uma manifestação "com gente vinda de todo o País e até com algumas lideranças internacionais". A expectativa, segundo o parlamentar, é que o julgamento se dê a partir do que está nos autos do processo. "Olhando para os autos, o que efetivamente está colocado lá, não há como o tribunal punir ou dar continuidade à sentença que foi proferida por Sérgio Moro." Já no dia 25, um dia pós o julgamento, o PT estará reunido, com força total, em São Paulo, oportunidade em que Lula deverá ser oficialmente anunciado como candidato ao Palácio do Planalto.

Processo político

Para Marco Maia (foto), ao mesmo tempo, "há uma preocupação política, já que as decisões que foram tomadas por Moro se deram muito mais na esfera política do que propriamente na esfera jurídica. Então, se de um lado há a expectativa de que haja um julgamento técnico, por parte do Tribunal Regional Federal (TRF-4), há também o temor do julgamento político. Para o deputado, "há a compreensão que há um processo político em curso e que o julgamento, da forma como foi conduzido, sendo adiantado, passando por outros julgamentos que deveriam acontecer anteriores a esse, em função de terem chegado antes ao tribunal também se está diante de um debate político em volta da continuação do golpe que foi dado à presidenta Dilma (Rousseff, PT)".

Continuidade da mobilização

Na avaliação de Maia, o debate político leva os partidos, os movimentos sociais, todas as entidades a já se prepararem para um resultado negativo, e ao mesmo tempo já trabalham na perspectiva da continuidade da mobilização e da luta para garantir o direito de Lula concorrer nas eleições de 2018.

Perspectivas de violência

Para Maia, "está havendo um exagero de parte de alguns integrantes do TRF-4, do Judiciário, e também de algumas entidades ligadas aos setores mais conservadores. Já houve outras manifestações pelo País durante esses últimos meses; inclusive em Curitiba, quando do depoimento do presidente Lula, e não houve nenhum incidente ou atrito. Tudo será realizado com o maior cuidado. As entidades e associações partidárias, que estarão realizando as manifestações nos dias 22, 23 e 24, não trabalham com a possibilidade de que qualquer ato, qualquer atitude que resulte em violência, fora daquilo que prevê ao modelo democrático do País".

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