Em 19 de dezembro, movimentos realizaram aula pública sobre julgamento de Lula diante do TRF4 | Foto: Maia Rubim/Sul21 |
Porto Alegre/RS - Na manhã desta quinta-feira (4), o prefeito de Porto Alegre, Nelson
Marchezan Júnior (PSDB), anunciou por meio de suas redes sociais que
enviou um ofício para o presidente Michel Temer (PMDB) solicitando a presença do Exército e da Força Nacional na Capital no dia 24 de janeiro
em razão da convocação feita por movimentos sociais de uma manifestação
para o entorno do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4),
localizado nas proximidades do Parque Harmonia, no dia marcado para o julgamento do ex-presidente Lula (PT).
A medida, que já foi descartada pelo secretário estadual de Segurança
Pública, Cezar Schirmer (PMDB), é vista por movimentos sociais que estão
se organizando para o ato como uma tentativa de aumentar o clima de
beligerância e de promoção da intolerância política contra uma
manifestação que se pretende pacífica. (...)
Claudir Nespolo, presidente da seccional gaúcha da Central Única de
Trabalhadores (CUT-RS), diz que o pedido de Marchezan é a atitude de um
gestor público que pretende tumultuar o evento e contribuir com um
ambiente beligerante. “Da nossa parte, vamos conversar com as
autoridades da segurança pública para garantir uma manifestação pacífica
dentro dos marcos da Constituição. Essa atitude de beligerância não faz
parte da nossa pauta”, disse. Nespolo afirma que, com o pedido,
Marchezan não está agindo como um gestor público, mas sim como “uma
parte tucana interessada na condenação do Lula para fins políticos”. (...)
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