O
Comitê de Direitos Humanos da ONU acaba de se pronunciar oficialmente e
afirma que Lula tem direito de ser candidato a presidente. A ONU
determinou ao Estado Brasileiro que “tome todas as medidas necessárias
para permitir que o autor [Lula] desfrute e exercite seus direitos
políticos da prisão como candidato nas eleições presidenciais de 2018,
incluindo acesso apropriado à imprensa e a membros de seu partido
politico” e, também, para “não impedir que o autor [Lula] concorra nas
eleições presidenciais de 2018 até que todos os recursos pendentes de
revisão contra sua condenação sejam completados em um procedimento justo
e que a condenação seja final”
Na íntegra, a carta do ex-presidente Lula lida hoje [15], depois do ato da
entrega de seu pedido de registro como candidato à Presidência (via Tijolaço):
Registrei hoje a minha candidatura à
Presidência da República, após meu nome ter sido aprovado na convenção
do PT e com a certeza de que posso fazer muito para tirar o Brasil de
uma das piores crises da história.
A partir dessa aprovação do meu nome
pelas companheiras e companheiros do PT, do PCdoB e do Pros, passei a
ter o direito de disputar as eleições.
Há um ano, um mês e três dias, Sérgio
Moro usou do seu cargo de juiz para cometer um ato político: ele me
condenou pela prática de “atos indeterminados” para tentar me tirar da
eleição. Usou de uma “fake News” produzida pelo jornal O Globo sobre um
apartamento no Guarujá.
Desde então o povo brasileiro
aguarda, em vão, que Moro e os demais juízes que confirmaram a minha
condenação em segunda instância apresentem alguma prova material de que
sou o proprietário daquele imóvel. Que digam qual foi o ato que eu
cometi para justificar uma condenação. Mas o que vemos, dia após dia, é a
revelação de fatos que apenas reforçam uma atuação ilegítima de agentes
do Sistema de Justiça para me condenar e me manter na prisão.
Chegou-se ao ponto em que uma decisão
de um desembargador que restabelecia a minha liberdade não foi cumprida
por orientação telefônica dada por Moro, pelo presidente do TRF4 e pela
procuradora Geral da República ao Diretor-Geral da Polícia Federal.
Como defender a legitimidade de um
processo em que conspiram contra a minha liberdade desde o juiz de
primeira instância até a Procuradora-Geral da República?
Sou vítima de uma caçada judicial que já está registrada na história.
Tenho certeza de que se a
Constituição Federal e as leis desse país ainda tiverem algum valor
serei absolvido pelas Cortes Superiores.
A expectativa de que os recursos
apresentados pelos meus advogados resultem na minha absolvição no STJ ou
no STF é o que basta, segundo a legislação brasileira, para afastar
qualquer impedimento para que eu possa concorrer.
Não estou pedindo nenhum favor. Quero
apenas que os direitos que vem sendo reconhecidos pelos tribunais em
favor de centenas de outros candidatos há anos também sejam reconhecidos
para mim. Não posso admitir casuísmo e o juízo de exceção.
O Comitê de Direitos Humanos da ONU
já emitiu uma decisão que impede o Estado brasileiro de causar danos
irreversíveis aos meus direitos políticos – o que reforça a
impossibilidade de impedirem que eu dispute as eleições de 2018.
Quero que o povo brasileiro possa decidir se me dará a oportunidade de, junto com ele, consertar este país.
A partir de amanhã, vamos nos
espalhar pelo Brasil para nas ruas, no trabalho, nas redes sociais, mas
principalmente olhando nos olhos das pessoas, lembrar que esse país um
dia já foi feliz e que os mais pobres estavam contemplados no orçamento
da União como investimento, e não como despesa.
Cada um de vocês terá que ser Lula
fazendo campanha pelo Brasil, lembrando ao povo brasileiro que nos
governos do PT o povo trabalhador teve mais emprego, maiores salários e
melhores condições de vida.
Que um nordestino que mora no Sul podia visitar sua família de avião e não somente de ônibus.
Que um pobre, um negro, ou um índio podia ingressar na universidade.
Que o pobre podia ter casa própria e comer três vezes ao dia.
Que a luz elétrica era acessível a todos.
Que o salário mínimo foi aumentado sem causar inflação.
Que foi posto em prática aquele que a
ONU considerou o melhor programa de transferência de renda do mundo,
beneficiando 14 milhões de famílias e tirando o Brasil do mapa da fome.
Que foram criadas novas universidades e novos cursos técnicos.
Para recuperar o direito de fazer tudo isso e muito mais é que sou candidato a Presidente da República.
Vamos dialogar com aqueles que viram
que o Brasil saiu do rumo, estão sem esperança mas sabem que o país
precisa resolver o seu destino nas urnas, não em golpes ou no tapetão.
Lembrar que com democracia, com nosso trabalho, o Brasil vai voltar a ser feliz.
Enquanto eu estiver preso, cada um de
vocês será a minha perna e a minha voz. Vamos retomar a esperança, a
soberania e a alegria desse nosso grande país.
Companheiras e companheiros, o Moro
tinha até hoje para mostrar uma prova contra mim. Não apresentou
nenhuma! Fato indeterminado não é prova! Por isso sou candidato.
Repito: com meu nome aprovado na
convenção, a Lei Eleitoral garante que só não serei candidato se eu
morrer, renunciar ou for arrancado pelo Justiça Eleitoral. Não pretendo
morrer, não cogito renunciar e vou brigar pelo meu registro até o final.
Não quero favor, quero Justiça. Não troco minha dignidade por minha liberdade.
Depois de 15 dias de greve de fome, Frei Sérgio
entrou naquele suntuoso espaço acompanhado por um médico e recebendo
auxílio para se deslocar. Ele, Adolfo Perez Esquivel (prêmio Nobel da
Paz) e uma delegação composta por representação dos movimentos sociais,
Igrejas, uma deputada do Podemos/Espanha, artistas e juristas fomos
todos recebidos pela Presidente do STF, Carmen Lúcia. Para defender a
liberdade do Presidente Lula.
Esquivel foi contundente e magnífico ao afirmar que Lula é um preso
político, vítima de um golpe de estado que depôs a presidenta Dilma
Rousseff, golpe que tem a complacência do Poder Judiciário. Destacou o
que Lula representa para a América Latina e para o mundo. Ressaltou que
democracia e direitos humanos são indivisíveis. Resgatou os golpes de
estado com caráter jurídico e outras lideranças que foram seus alvos
como Lugo, Rafael Corrêa e Manoel Zelaia. À ministra também lembrou "são
50 anos lutando pela liberdade do povo."
A articulação dos juristas pela democracia, através da Carol,
resgatou a situação de exceção que vivemos ao lembrar que no Brasil hoje
quem é inocente tem que provar a sua inocência e não mais o contrário.
Entregou um abaixo assinado com mais de 240 mil assinaturas de
intelectuais e juristas do mundo pela liberdade do Lula. Também resgatou
todo o diálogo que a articulação tem feito com o Papa Francisco.
Pelos movimentos sociais e Frente Brasil Popular eu relatei à
ministra um diagnóstico do resultado do golpe de 2016: 28 milhões de
pessoas desempregadas ou subempregadas sendo 3 milhões em Minas Gerais,
12 milhões de famílias que já não conseguem comprar um botijão de gás, a
educação e saúde que tiveram os investimentos congelados e perdemos o
recurso do pré-sal, as pessoas estão perdendo a condição de moradia.
Morando na rua como em Belo Horizonte que já são mais de 6 mil pessoas
nesta situação! Reafirmamos nosso compromisso de continuar a luta contra
o golpe e pela liberdade do Lula. As eleições se ganham nas urnas, não
retirando quem tem a preferência do povo de concorrer!
O ator Osmar Prado questionou à ministra quantos cadáveres ainda
teremos como resultados do golpe que estamos vivendo. Lembrou Dona
Marisa Letícia, lembrou o reitor Luiz Carlos Cancellier. Reforçou o
pedido de todos nós "faça valer a presunção de inocência"! E terminou
perguntando "quem tem medo de Luiz Inacio Lula da Silva?
Frei Sergio emocionou todos que tinham coração naquela sala. Da sua
profissão de fé disse a ministra de onde vem, as casas que frequenta (do
povo pobre e humilde) e diagnosticou: a vida do povo piorou, a
estrutura do estado brasileiro está deixando nosso povo no abandono,
nossa justiça está ficando desacreditada. Falou representando os outros 6
companheiros que também estão em greve de fome.
Esquivel nos disse que em setembro fará o pedido de indicação do
Presidente Lula para Nobel da Paz por tudo o que fez de combate à fome
em nosso país!
A greve de fome dos 7 companheiros continua! A Marcha Lula livre já chegou em Brasília!
Esta quarta-feira será o maior registro de uma candidatura da história brasileira pois será feito por milhares de brasileiros e
brasileiras em Brasília!
*Professora, coordenadora-geral do Sind-UTE MG e presidente da CUT Minas - Via Brasil 247
Há um golpe de direita em andamento no Brasil, mas a justiça prevalecerá
By Luiz Inácio Lula da Silva*
O ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva escreveu este artigo de opinião da prisão.
CURITIBA,
Brasil - Dezesseis anos atrás, o Brasil estava em crise; seu futuro
incerto. Nossos sonhos de nos transformarmos em um dos países mais
prósperos e democráticos do mundo pareciam ameaçados. A ideia de que um
dia nossos cidadãos poderiam desfrutar dos padrões de vida confortáveis
de nossos colegas na Europa ou em outras democracias ocidentais
parecia estar desaparecendo. Menos de duas décadas após o fim da
ditadura, algumas feridas daquele período ainda estavam cruas.
O
Partido dos Trabalhadores ofereceu esperança, uma alternativa que
poderia mudar essas tendências. Por essa razão, mais que qualquer outra,
vencemos nas urnas em 2002. Tornei-me o primeiro líder trabalhista a
ser eleito presidente do Brasil. Inicialmente, o mercado financeiro se
abalou; mas o crescimento econômico que seguiu tranquilizou o mercado.
Nos anos seguintes, os governos do Partido dos Trabalhadores que chefiei
reduziram a pobreza em mais da metade em apenas oito anos. Nos meus
dois mandatos, o salário mínimo aumentou 50%. Nosso programa Bolsa
Família, que auxiliou famílias pobres ao mesmo tempo em que garantiu que
as crianças recebessem educação de qualidade, ganhou renome
internacional. Nós provamos que combater a pobreza era uma boa política
econômica.
Então este progresso foi
interrompido. Não através das urnas, embora o Brasil tenha eleições
livres e justas. Em vez disso, a presidente Dilma Rousseff sofreu
impeachment e foi destituída do cargo por uma ação que até mesmo seus
oponentes admitiram não ser uma ofensa imputável. Depois, eu fui mandado
para a prisão, por um julgamento questionável de acusações de corrupção
e lavagem de dinheiro.
Meu encarceramento foi a última fase de um golpe em câmera lenta
destinado a marginalizar permanentemente as forças progressistas no
Brasil. (...)
CLIQUE AQUI para continuar lendo (via The New York Times)
Na imprensa deste final de semana, assiste-se ao espetáculo obsceno
da revelação de como as instituições judiciais se tornaram tão adeptas
do Direito quanto aqueles “capangas lá do Mato Grosso” que ficaram
tristemente famosos numa sessão do Supremo tribunal Federal.
Na Veja, o desembargador João Gebran Neto diz que agiu
ilegalmente para “evitar um mal maior” – a soltura de Lula por algumas
horas, até que o monólito da Justiça pudesse esmagá-lo outra vez – e
atropelou a decisão do desembargador Rogério Favreto:
O desembargador Gebran Neto admitiu a
amigos que ignorou a letra fria da lei ao dar decisão contrária à
soltura de Lula, desconsiderando a competência do juiz de plantão.
Gebran alegou que era a única saída para evitar um erro ainda mais
danoso: libertar o petista.
Gebran, está claro, o fez com as “costas quentes” que lhe deu o
presidente do TRF-4, Carlos Eduardo Thompson Flores que, relata o chefe
da Polícia Federal, Rogério Galloro, ao Estadão, telefonou aos que
tinham a obrigação de cumprir a ordem e, a revogou de “gogó” e, ele sim,
sem jurisdição para isso.
O segundo momento tenso para a
PF envolveu a ordem de soltar Lula dada pelo desembargador Rogerio
Favreto e a contraordem de Moro e dos desembargadores Gebran Neto e
Thompson Flores, do TRF-4.
Eu estava no Park Shopping, em
Brasília, dei uma mordida no sanduíche, toca o telefone. Avisei para a
minha mulher: ‘Acabou o passeio’.
Em algum momento a PF pensou em soltar o ex-presidente?
Diante das divergências, decidimos
fazer a nossa interpretação. Concluímos que iríamos cumprir a decisão do
plantonista do TRF-4. Falei para o ministro Raul Jungmann (Segurança
Pública): ‘Ministro, nos vamos soltar’. Em seguida, a (procuradora-geral
da Republica ) Raquel Dodge me ligou e disse que estava protocolando
no STJ (Superior Tribunal de Justiça) contra a soltura. ‘E agora?’
Depois foi o (presidente do TRF-4) Thompson (Flores) quem nos ligou. ‘Eu
estou determinando, não soltem’. O telefonema dele veio antes de
expirar uma hora. Valeu o telefonema.
Num país minimamente sério, o Conselho Nacional de Justiça estariam
abrindo procedimentos contra Gebran, Flores e o Ministério Público
instaurando uma investigação contra o próprio diretor da PF.
Desde quando “vale o telefonema” diante de um mandado judicial? Desde
quando, sem ser provocado, um juiz decide que outra decisão judicial
representa “um mal maior”?
Imagino que os nossos grandes juristas do STF devam estar achando, a
esta altura, como explicações e justificativas para isso, ou os
confeitos que estejam preparando para enfeitar o coronelato de roça que
praticam os algozes de Lula.
Na Justiça brasileira, porém, isso já não enoja ninguém.
*Por Fernando Brito, jornalista - Editor do Blog Tijolaço, fonte desta postagem.
*Eleições
2018: Com as escolhas dos nomes dos(as) candidatos(as) finalizadas
pelos partidos políticos, está praticamente definido o cenário eleitoral
para as eleições de outubro próximo.
*Se
alguém ainda tinha dúvida sobre a candidatura do ex-Presidente Lula,
agora é definitivo: o PT, em sua convenção Nacional, reafirmou que seu
candidato será mesmo Lula, tendo como vice o ex-prefeito de São Paulo e
ex-Ministro da Educação, Fernando Haddad.
*Todavia,
caso se confirme mais uma violência contra Lula (preso injustamente em
Curitiba, vale recordar, condenado sem provas num processo viciado
comandado pelo parcial juiz Moro - e com a cumplicidade covarde e/ou
cúmplice de parcela significativa do judiciário, aplaudido pela mídia
conservadora e golpista e seus satélites locais e regionais), seu vice
Haddad assumirá a titularidade e representará Lula na campanha. A
deputada Manuela, do PCdoB, será então a candidata a vice-Presidente na
chapa integrada pelo PT/PROS/PCdoB/PCO.
*No
RS o candidato de Lula a governador é Miguel Rossetto, do Partido dos
Trabalhadores, tendo como vice a vereadora Ana Afonso, do PT de São
Leopoldo. Para o Senado vamos trabalhar para reeleger o bravo senador
Paulo Paim (PT) e a companheira Abigail Pereira (PCdoB). “Vamos tirar o
Estado da crise construida por eles – e sem vender o Estado do Rio
Grande do Sul”, enfatizou Miguel Rossetto.
*Prezados(as)
leitores(as): Não vamos desaproveitar mais essa chance que teremos
daqui a menos de 60 dias. Está na hora do Brasil e do Rio Grande virarem
essa página trágica de sua história recente e voltarem a crescer, com
democracia, inclusão social, geração de empregos e renda,
respeitabilidade internacional e participação popular. Por isso, em 7 de
outubro ... é Lula Lá & Rossetto Aqui!
*Conforme
já havia externado, muito embora honrado ficasse com a indicação do meu
nome realizada por vários(as) companheiros(as) e amigos(as) para
novamente concorrer a uma vaga na AL/RS nas eleições de outubro próximo,
agradeci a lembrança e decidi “passar” desta vez, priorizando assim meu
trabalho como Advogado. Também priorizarei – especialmente neste
período eleitoral - a reeleição do companheiro e amigo Deputado Federal
Marco Maia, do PT/RS (ex-presidente da Câmara dos Deputados - na foto
acima com o Presidente Lula), cujo Mandato assessoro em Santiago e
Região, bem como trabalharei pela reeleição do Deputado Estadual
Nelsinho Metalúrgico, vice-presidente da AL/RS, com quem o Deputado
Marco Maia faz forte “dobrada” na maior parte do Estado.
*A
propósito, esta semana, em Canoas/RS (no Sindicato dos Metalúrgicos),
realizamos importante reunião do Mandato do Deputado Marco Maia,
oportunidade em que discutimos os ajustes finais da campanha pela sua
reeleição, agendas, prioridades, bem como sobre nossas candidaturas
majoritárias e proporcionais. Clima de muito otimismo, garra e vontade
de vencer, em que pese a conjuntura difícil que vivemos...
*Uma
curiosidade: todos os candidatos que estou apoiando nestas eleições -
com exceção da companheira Abigail Pereira (PCdoB), que é pedagoga - são
(ou foram) lideranças Sindicais, também todos Metalúrgicos: Lula,
Rossetto, Paim, Marco Maia e Nelsinho Metalúrgico. Todos petistas,
testados e forjados nas lutas do povo. -Vamos em frente! #A luta
segue!!!
...
**Advogado, Assessor Parlamentar, Midioativista. Foi um dos fundadores do PT e da CUT. - Publicado originalmente no Jornal A Folha (do qual é Colunista), em 10/08/2018. (Via Portal O Boqueirão Online)
Na análise que faz do debate entre os candidatos a Presidente, hoje,
a coluna de Miriam Leitão, imagina-se com que dor no coração, admite
que, “Lula venceu o debate por uma espécie de W.O. às avessas“, por não ter sido apontado como responsável pelas desgraças que vive o país.
Faltou chamar, diretamente, de incompetentes aos outros candidatos, o
que se explica, talvez, pela crista lhe ande baixa, depois do vexame a
que foi submetida por seus patrões ao ler, repetindo o que lhe ditavam
ao ouvido pelo “ponto” eletrônico, sobre as relações entre a Globo e a
ditadura, após a entrevista de Jair Bolsonaro.
Fechado numa cela em Curitiba, mantido pelo PT como o candidato ficcional, [Lula] não teve seu legado atacado.
Como disse José Serra em 2010: que bobagem, Miriam!
Certamente acostumados às conversas em salões de restaurantes e salas
de embarque de aeroportos, onde Lula é considerado algo como um
demônio, D. Miriam e seus auxiliares, julgando-se mais inteligentes que
todos ali, não conseguem entender o óbvio: não citaram Lula porque a
única forma de “matá-lo”, politicamente, é o silêncio.
Evocar Lula, fora daqueles ambientes de classe média insuflada de
ódio, é evocar a lembrança da população de que este pode ser um país
menos injusto e mais próspero, exatamente o contrário do que a ele
fizeram rezando pela cartilha dos “Cabos Daciolo do Mercado”, que
proclama que a salvação virá da livre iniciativa, apenas.
Como são “candidatos de faz-de-conta”, que só têm alguma chance
eleitoral com a exclusão de Lula da disputa, o lógico e o natural é que
esmerem-se em fazer de conta que Lula não existe.
Não é por outra razão que Lula teve de dar uma clarinada, lá de
Curitiba, para que Haddad e Manuela D’Avila se exponham mais. Quer e
precisa frustrar o plano de excluí-lo da polêmica pelo silêncio, pelo
isolamento na Sibéria de Curitiba.
Os altos estrategistas da direita brasileira sabem disso, mas têm
dificuldades em conter o ódio e o ressentimento com que seus porta-vozes
crocitam e que os torna obtusos ao ponto de reconhecer-lhe apenas um
mérito, o de “não destruir, no primeiro mandato, a herança que recebeu”
de Fernando Henrique Cardoso.
E, ao contrário do que fizeram os microcandidatos no debate,
não entende que, para o sistema, eles são a mais perfeita tradução do
que disse Fernando Henrique Cardoso: “é o que temos”.
Depois D. Miriam não reclame se, de novo, forem lhe dizer o que falar pelo ponto eletrônico.
Dias
após o anúncio de que será vice na chapa de Lula, Haddad sente o que
virá pela frente durante a campanha; no esforço de construir narrativas
contra o PT, Globo mira suas armas contra o ex-prefeito de São Paulo e
também contra a Dilma Rousseff, que lidera isolada a campanha para o
Senado em Minas Gerais
O Partido dos Trabalhadores - PT de Santiago/RS,
seguindo determinação contida na Resolução tirada na reunião de
seu Diretório Municipal realizada em 12/07, estará realizando nova 'Reunião Aberta'
nesta quarta-feira, 08/08. A pauta será: Conjuntura, campanha Lula
Livre, Eleições, Assuntos Gerais e atividades relativas ao próximo dia
15 de agosto, quando ocorrerá em Brasília a inscrição do nome do
ex-Presidente Lula como candidato do partido à Presidência da República.
Todos
os filiados e simpatizantes estão convidados(as). A reunião ocorrerá na
Associação dos Cabos e Soldados da Brigada Militar (Greminho), situada no Bairro Maria Alice Gomes (próximo a Escola da URI), devendo iniciar às 17,30h.
O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva saudou a deputada Manuela
D'Ávila (PCdoB), com uma mensagem em seu twitter na manhã desta segunda
(6): "Bem vinda, @ManuelaDavila. Vamos cada vez mais juntos!
#OBrasilFelizDeNovo"
Na sexta-feira, publiquei um
artigo em que explique a natureza do acordo do PT com o PCdoB, que
garantiu à candidatura de Lula quase o dobro de tempo de TV, somados os
segundos do PCdoB,do PROS e do PCO, que integrarão formalmente a aliança.
O acordo também garantiu palanque para
Lula (ele próprio ou quem ele indicar) em mais de dez Estados, e impediu
que o tempo de TV do PSB fosse para algum adversário — neste momento,
pela decisão de Ciro Gomes de marchar sozinho, o PDT se tornou
adversário, não como as candidaturas da direita, como Alckmin e
Bolsonaro, mas adversário, na medida em que o alvo é o mesmo, a eleição
presidencial.
Claro que Ciro e o PT buscarão aliança
mais à frente, pelas inegáveis afinidades de propostas, mas hoje são
adversários — não inimigos.
Por isso, não faria sentido nenhum abrir
mão de um acordo com o PSB para deixá-lo somar forças com Ciro Gomes.
Seria suicídio político ou, por outras palavras, representaria abrir mão
do esforço para voltar a governaro Brasil, retomando o lugar de que Dilma foi tirada pela força da violência institucional, com aparência de legalidade.
No artigo, escrevi que a vaga de vice
estava reservada a Manuela D’Ávila, do PCdoB, e os leitores mais
apressados podem dizer que o lugar foi preenchido por Fernando Haddad —
portanto, errei.
Calma, Haddad só está esquentando o
lugar, que é de Manuela. Então, por que não colocar Manuela agora? Pela
simples razão de que, como vice provisório, falando em nome de Lula,
Haddad pleiteará participar de todas as atividades públicas de campanha,
inclusive sabatinas pelos órgãos de imprensa e debates.
Mas isso Manuela não poderia fazer? É a pergunta pertinente. Sim, poderia.
Mas Manuela é do PCdoB, e, por isso, mais
apropriado, é que alguém do PT fale em nome da chapa, e Haddad preenche
como ninguém este requisito — além de petista, foi ministro de Lula,
coordenou o programa de governo.
A voz de Haddad será a a voz de Lula. Com
esse propósito, é ele quem será registrado como vice. A pergunta óbvia
é: então, Haddad é o candidato a presidente? Por enquanto, não.
O candidato a presidente é Lula e a
aliança levará até a último momento a campanha para que Lula tenha o
direito de disputar a eleição.
Com isso, serão duas as campanhas: Lula
Livre e Lula presidente — no fundo, significam a mesma coisa. Ao
defender Lula Livre, a aliança denuncia o processo violento com que se
tirou o PT do Planalto e, em seguida, em uma ação que teve tramitação
com rapidez anormal e com uma ação judicial sem provas e demonstração de
culpa, se prendeu Lula.
As duas coisas — o impeachment de Dilma e
a prisão de Lula — representam a fotografia do golpe, e é preciso
mostrá-la ao eleitor, o que significa radicalizar a democracia:
demonstrar a torpeza em todos os seus detalhes e dar ao eleitor a
oportunidade de entender que, por conta disso, o alvo não é apenas
Dilma, Lula ou o PT. O alvo é a soberania da nação — afastá-los abriu
caminho para o saque. Não é à toa que o litro da gasolina custava R$
2,90 e hoje está em R$ 5,00.
Lula está tendo seus direitos políticos
roubados, num processo viciado, mas o roubo maior ocorre no bolso da
maioria dos brasileiros.
Se Lula, por conta desse processo, não
puder ser candidato, Haddad será, com Manuela vice. Se Lula puder ser
candidato, Haddad cede o lugar de vice para Manuela. Dois nomes serão
registrados na justiça eleitoral neste momento — Lula e Haddad —, mas
são três os nomes que, informalmente, estão na chapa — além dos dois,
Manuela. É uma chapa com três nomes.
Nunca aconteceu isso antes no Brasil, mas também não é sempre que o Brasil sofre um golpe.
Para combater a violência institucional,
há momentos em que o povo pega em armas. Na escola do PT, isso está
descartado. O que o partido aprendeu a fazer é disputar eleição.
Mostrou que, derrotado nas urnas, sabe
perder. Mas não abre mão do direito de tentar ganhar. E, ao ganhar, usar
o governo como meio de transformar efetivamente o país. No governo já
errou, e muito, mas a costura política concluída neste fim de semana
mostra que o PT e seus aliados mais próximos, como o PCdoB, não
desistiram de tentar.
247* - A direção nacional do PT fechou
questão e definiu que o vice de Lula será o ex-prefeito Fernando Haddad.
Com a decisão, a direção do PC do B deve manter a candidatura de
Manuela D'Ávila.
Fernando Haddad é o coordenador do programa de governo de Lula e,
hoje, um dos líderes do PT mais próximos do ex-presidente, que lançou-o
para a vida pública como ministro da Educação em 2005 (ele ficou no
cargo até 2012) e depois como candidato a prefeito de São Paulo,
vitorioso no segundo turno em 28 de outubro de 2012.
Rossetto
oficializou chapa ao lado da vice, Ana Affonso, de candidatos ao Senado
e a deputados | Foto: Ubirajara Machado/Divulgação
Da Redação do Sul21*
Em convenção realizada neste domingo (5), o Partido dos Trabalhadores
confirmou o nome de Miguel Rossetto para a disputar o governo do
Estado. A vereadora Ana Affonso, do PT de São Leopoldo, foi anunciada
como candidata à vice-governadora. A campanha tem o nome de “O Rio
Grande que o Povo Quer”.
Um dos fundadores da Central Única de Trabalhadores (CUT), Rossetto
foi vice-governador de Olívio Dutra, em 1999 e 2003. Quando o PT assumiu
o governo federal, trabalhou como ministro do Desenvolvimento Agrário,
nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, foi
presidente da Petrobras Biocombustível, ministro da Secretaria-Geral da
Presidência da República e da República e do Trabalho e Previdência
Social, pasta que ocupava quando a presidente sofreu impeachment, em
2016.
Já sua vice é vereadora no município de São Leopoldo, em terceiro
mandato, e líder do governo de Ary Vannazi (PT), na Câmara. Ana Affonso
também foi eleita deputada estadual em 2010.
A convenção também confirmou os nomes de Cleonice Back e do senador
Paulo Paim para o Senado. Paim está há mais de 30 anos no Congresso
nacional.
Também foi homologada a nominata de 20 candidatas e candidatos a
deputado(a) federal e de 40 candidatas e candidatos a deputado(a)
estadual pelo PT.
O ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva enviou carta endereçada aos participantes do
Encontro Nacional do PT, ocorrido neste sábado (04/08). O encontro
confirmou a candidatura de Lula à presidência. Confira a carta na
íntegra:
MENSAGEM AO ENCONTRO NACIONAL DO PT
Companheiras e companheiros,
Esta
é a primeira vez em 38 anos que não participo pessoalmente de um
encontro nacional do nosso partido. Mas sei que estou presente por meio
de cada um de vocês, cada dirigente, delegado e militante do PT. Ao
longo desses 38 anos nós construímos a mais importante força política
que este país já conheceu. Porque nascemos das bases, da classe
trabalhadora da cidade e do campo, lutando pela democracia e pela
justiça. E nunca, nunca mesmo, nos afastamos do povo.
Chegamos ao
governo pelo voto, depois de um longo aprendizado, para transformar o
Brasil. E transformamos. Vencemos a miséria e a fome. Levamos água para
quem sofria com a seca e luz elétrica para quem vivia nas trevas.
Levamos as crianças para a escola e os jovens – negros, pobres e
indígenas – para a universidade.
São coisas que parecem simples
em qualquer país civilizado, mas que representaram uma enorme diferença
para nossa gente sofrida. E isso só foi possível porque sempre colocamos
os trabalhadores e os mais pobres no centro das atenções do governo.
Criamos
um dos maiores e melhores programas de transferência de renda do mundo,
o Bolsa Família. Aumentamos o valor real do salario mínimo. Levamos
crédito para os trabalhadores, os aposentados e para a agricultura
familiar. Criamos 20 milhões de empregos.
Nos muitos governos
anteriores ao nosso, a imensa maioria da população era tratada como se
fosse um problema. Nós tratamos a nossa gente como solução, e por isso o
Brasil mudou. Provamos que é possível fazer diferente e melhor do que
sempre fizeram antes.
Hoje o nosso povo está sofrendo. A fome
voltou a rondar os lares e muitos nem têm mais um lar: estão vivendo nas
ruas, tornaram-se mendigos junto com os filhos. Milhões de
trabalhadores desistiram de procurar emprego, porque não há. Milhões
foram excluídos do Bolsa Família. As universidades e os hospitais vivem
sua maior crise.
Hoje o nosso país está sendo vendido. Nossa
Petrobrás, nosso pré-sal, a Eletrobrás, os bancos públicos; todos na
fila para serem entregues a preço de banana aos grandes grupos
estrangeiros, como já fizeram com a Embraer. Nossa politica externa
voltou a ser ditada pelo Departamento de Estado norte-americano.
Hoje
a nossa democracia está ameaçada. Há dois anos deram um golpe
parlamentar para destituir a presidenta Dilma Rousseff, rasgando a
Constituição. Agora querem fazer uma eleição presidencial de cartas
marcadas, excluindo o nome que está à frente na preferência popular em
todas as pesquisas.
Já derrubaram uma presidenta eleita; agora
querem vetar o direito do povo escolher livremente o próximo presidente.
Querem inventar uma democracia sem povo.
Este encontro nacional
do PT talvez seja um dos mais importantes em toda a história do nosso
partido. É enorme a responsabilidade que temos pela frente. A decisão de
hoje vai nos conduzir a uma luta sem tréguas pela democracia, pelo povo
brasileiro e pelo Brasil. E a vitória dependerá do empenho de cada um
de nós.
Gostaria de estar aí para abraçar cada companheira e
companheiro. Para agradecer por toda a solidariedade e principalmente
por manterem aceso o espírito do PT, mesmo nas circunstâncias mais
difíceis. De onde me encontro, estou sempre renovando minha fé de que o
dia do nosso reencontro virá, pela vontade do povo brasileiro.
Viva o Brasil!
Viva o Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras!
Nosso maior dramaturgo, Nelson Rodrigues, não era um homem da praia, da
zona sul. Ele gostava da zona norte do Rio, "onde ainda há o suicídio
por amor, onde ainda se morre e mata por amor". Mais adiante, chegou a
ter uma nostalgia, reclamando que já não havia mais suicídios por amor.
Nelson Rodrigues morreu em 1980, não chegou a conhecer Ciro Gomes, que
nessa época era estudante de Direito no Ceará. Porque Ciro é um desses
personagens rodrigueanos, que tocam figo no próprio corpo em praça
pública.
Há alguns anos, em meio à disputa presidencial, Ciro deu uma declaração
mortal sobre a importância de sua mulher (na época a atriz Patrícia
Pilar) em sua vida, dizendo que o papel dela "é dormir comigo".
Agora, mais uma vez, tendo fracassado em todas as investidas que fez
para aumentar o poder de fogo de sua candidatura, vendo fechadas as
portas do Centrão e do PSB, Ciro resolve atear fogo às vestes e atacar o
PT.
Publica em sua página no Facebook um texto ironicamente chamado "Muita
Calma Nessa Hora", em que mete o sarrafo numa tal "burocracia do PT", a
partir de opiniões que leu na mídia corporativa. Do texto, que pode ser
lido na íntegra aqui, que printei aqui, destaco os trechos a seguir:
"A violência e o grosseiro equívoco desta atitude [acordo com PSB] da cúpula do PT...""Compreendamos com humildade e paciência o péssimo momento que a
burocracia do PT está vivendo. Já não é mais política, é religião, culto
à personalidade, pragmatismo da cúpula de uma organização que parece
não querer aprender mais nada.""A cúpula do PT terá de se haver perante a história com as consequências de seus atos de agora.""A viagem lisérgica da burocracia do PT tem data para acabar: pretendem
enganar a boa gente que adora o Lula, com muitas razões, volto a
repetir, de que ele será candidato.""Não deixarão Lula ser candidato! Até as pedras do caminho sabem disso!
Pior, a burocracia do PT também sabe muito bem disso. Ou seja, é para
bailar à beira do abismo que os burocratas do PT convidam a Nação
Brasileira."
Lá pelo meio de seu desabafo, ele afirma: " Em nenhuma hipótese é o PT o nosso inimigo!".
OK. Se não é o inimigo, por que atacá-lo? Como Ciro pode dizer que é uma
tal burocracia do PT que defende a candidatura Lula, se o próprio Lula
se declara candidato toda vez que tem oportunidade de fazê-lo? Se Lula
mandou Haddad lançar até linhas gerais de seu futuro governo (veja um vídeo produzido pelo blog do Mello sobre esse projeto de Lula aqui)?
Só se Ciro acha que o que Lula diz não é o pensamento de Lula, mas da "burocracia do PT", que faria a cabeça de Lula.
Só se Ciro Gomes vê em Lula um Sassá Mutema, personagem de Lauro César
Muniz, um boia-fria ignorante, que é manobrado por políticos e se elege
prefeito de uma pequena cidade.
Personagem rodrigueano, Ciro deveria ler "A Mulher sem pecado", primeira
peça de Nelson, e ver se exorciza o Olegário que traz em si, um homem
obcecado pelo ciúme, que acaba incitando o desejo e a traição em sua
mulher sem pecado.
Não é o Centrão, nem o PSB, nem a "burocracia do PT", mas o próprio Ciro o causador de suas desgraças. E não é de hoje.
Uma eleição onde os candidatos a presidente são micróbios políticos tinha de ter, afinal, vices com a estatura de bactérias.
Mas ainda assim, está difícil e, até este momento, poucos há definidos.
Ana Amélia para Alckmin: uma mulher grosseira, antipática, agressiva, com tanta capacidade de empatia quanto um rinoceronte.
Henrique Meirelles, claro, consegue um fácil, talvez até pelo Mercado
Livre, já que não lhe faltam meios de obter um companheiro para o conto
de carochinhas.
Marina Silva vai de Eduardo Jorge, sujeito simpático, mas sem
expressão política e escolhido depois da recusa do ator Marcos Palmeira.
E Jair Bolsonaro com o “príncipe desconhecido” depois de ter levado um fora de sua Branca de Neve, Janaína Paschoal.
Tudo, portanto, no diminutivo.
Sobra o lugar de vice do Lula, o gigante da eleição, que torna,
assim, imenso aquele que for escolhido seu vice também se agigantará.
Será o seu porta-voz e, por isso, terá de encarnar o tamanho e a firmeza que o ex-presidente demonstra.
Por isso é tão decisiva a escolha e o próprio Lula sabe disso.
Por isso leva a escolha ao limite.
Tem de juntar lealdade à capacidade e isso não é fácil.
Uma semana após ter sido rejeitado pelo empresário Josué Alencar
(PR), Geraldo Alckmin (PSDB) confirmou na noite desta quinta (2) a
senadora Ana Amélia (PP-RS) como sua candidata a vice-presidente.
"É
um gesto importante já que ela era candidata [ao Senado] e abriu mão de
tentar a reeleição”, disse o tucano em entrevista GloboNews. Alckmin
chamou Ana Amélia de “vice dos sonhos” e exaltou o fato da parlamentar
ser mulher. “Era a melhor candidata a vice. Não tinha escolha melhor."
Antes
da confirmação, a senadora condicionara a aliança a acertos no Rio
Grande do Sul. PP e PSDB têm candidatos ao governo do estado. O deputado
Luiz Carlos Heinze (PP), com apoio de DEM, PSC, Pros e PSL, enfrenta o
ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite (PSDB) (...) Heinze poderia deixar a
disputa para ser candidato ao Senado em uma composição entre as
legendas.
Após Alckmin anunciar publicamente seu nome, Ana Amélia disse (...) que a situação no estado já havia sido resolvida.
(...)
a aliança no RS é uma má notícia para o presidenciável Jair Bolsonaro
(PSL), que, com a saída de Heinze, ficaria sem palanque no estado. O
tucano aposta em tirar votos do capitão reformado devido ao perfil
conservador e pró-agronegócio de Ana Amélia.
(...) Ana Amélia
havia sido procurada por Alckmin na quarta (1º) e, nesta quinta, recebeu
telefonemas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e de seu
colega tucano Tasso Jereissati (CE). (...)
Em tempo: a senadora Ana Amélia também é conhecida, no ABC do C Af, como Ana Relho.
Ativistas afirmam que só encerrarão movimento quando Lula estiver em
liberdade. “Lutamos porque ainda há fome e não podemos perder o pouco
que a gente tem”
Manifesto Greve de fome - Leitura do manifesto que explica razões da greve e associa prisão de Lula a cenário de perda de direitos e aumento da pobreza (mst)
São Paulo – por Redação RBA
- Às 16h40 desta terça-feira (31), o frei
franciscano Sérgio Görgen declarou, dentro do Supremo Tribunal Federal
(STF): “Iniciada a greve de fome para que a justiça se restabeleça no
Brasil”. Integrante, como o frei, do Movimento dos Pequenos Agricultores
(MPA), a militante Rafaela Alves, de Sergipe, acrescentou, enquanto
caminhavam para sair do interior do tribunal: “Lutamos porque ainda há
fome e não podemos perder o pouco que a gente tem”.
Após lerem um breve manifesto, os militantes que iniciaram jejum
foram retirados da frente do prédio por seguranças da Corte. Houve
empurrões, e pelo três manifestantes caíram. Eles acusaram os seguranças
de truculência.
A greve de fome por tempo indeterminado foi iniciada como um
ato extremo pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
preso desde 7 de abril nas dependências da Polícia Federal em Curitiba.
Os manifestantes prometem que só encerram o movimento quando Lula
estiver em liberdade. O texto do manifesto é breve e menciona os
retrocessos sociais em andamento no país:
Nós,
militantes dos movimentos populares do campo e da cidade, ingressamos
conscientemente na “Greve de Fome por Justiça no STF”, iniciada no dia
31 de Julho de 2018 em Brasília, por tempo indeterminado.
Nossa
opção por esse gesto extremo de luta decorre da situação extrema na
qual se encontra nossa Nação, com a fome e as epidemias retornando e o
desemprego desgraçando a vida de nosso povo.
O que motiva nossa decisão é a dor e o sofrimento dos brasileiros e brasileiras.
Nossa
determinação nasce também pelo fato de que o Poder Judiciário viola a
Constituição e impede o povo de escolher pelo voto, soberanamente, o seu
Presidente e o futuro do país.
Rafaela e frei Sérgio estão acompanhados na greve de fome
pelos militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
Jaime Amorim (Pernambuco), Zonália Santos (Rondônia) e Vilmar Pacífico
(Paraná); e Luiz Gonzaga Silva, o Gegê, da Central de Movimentos
Populares.
Frei Sérgio disse ainda que “o jeito com que o Supremo nos
tratar é o jeito com que vai tratar o povo". "Eles (os ministros) não
podem violar aquilo para o qual foram colocados no tribunal, que é zelar
pela Constituição”.
Zonália declarou nos microfones que já é avó e participa do movimento pelas crianças de todo o Brasil.
Os grevistas voltaram a declarar que os membros do
Judiciário serão responsáveis pelo que acontecer com os grevistas de
fome. Frei Sérgio reafirmou que os principais responsáveis são os seis
ministros que votaram contra o habeas corpus que poderia ter colocado Lula em liberdade: Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Luiz Fux e Rosa Weber.
Os grevistas protocolaram o documento no STF logo após a leitura - MST