17 agosto 2018

ONU pronuncia-se oficialmente: Lula tem direito de ser candidato



O Comitê de Direitos Humanos da ONU acaba de se pronunciar oficialmente e afirma que Lula tem direito de ser candidato a presidente. A ONU determinou ao Estado Brasileiro que “tome todas as medidas necessárias para permitir que o autor [Lula] desfrute e exercite seus direitos políticos da prisão como candidato nas eleições presidenciais de 2018, incluindo acesso apropriado à imprensa e a membros de seu partido politico” e, também, para “não impedir que o autor [Lula] concorra nas eleições presidenciais de 2018 até que todos os recursos pendentes de revisão contra sua condenação sejam completados em um procedimento justo e que a condenação seja final”

CLIQUE AQUI para ler na íntegra (via Brasil247)

16 agosto 2018

AGORA É 13!!!!


A carta de Lula, agora candidato: “O Brasil vai voltar a ser feliz”


Na íntegra, a carta do ex-presidente Lula lida hoje [15], depois do ato da entrega de seu pedido de registro como candidato à Presidência (via Tijolaço):

Registrei hoje a minha candidatura à Presidência da República, após meu nome ter sido aprovado na convenção do PT e com a certeza de que posso fazer muito para tirar o Brasil de uma das piores crises da história.

A partir dessa aprovação do meu nome pelas companheiras e companheiros do PT, do PCdoB e do Pros, passei a ter o direito de disputar as eleições.

Há um ano, um mês e três dias, Sérgio Moro usou do seu cargo de juiz para cometer um ato político: ele me condenou pela prática de “atos indeterminados” para tentar me tirar da eleição. Usou de uma “fake News” produzida pelo jornal O Globo sobre um apartamento no Guarujá.

Desde então o povo brasileiro aguarda, em vão, que Moro e os demais juízes que confirmaram a minha condenação em segunda instância apresentem alguma prova material de que sou o proprietário daquele imóvel. Que digam qual foi o ato que eu cometi para justificar uma condenação. Mas o que vemos, dia após dia, é a revelação de fatos que apenas reforçam uma atuação ilegítima de agentes do Sistema de Justiça para me condenar e me manter na prisão.

Chegou-se ao ponto em que uma decisão de um desembargador que restabelecia a minha liberdade não foi cumprida por orientação telefônica dada por Moro, pelo presidente do TRF4 e pela procuradora Geral da República ao Diretor-Geral da Polícia Federal.

Como defender a legitimidade de um processo em que conspiram contra a minha liberdade desde o juiz de primeira instância até a Procuradora-Geral da República?

Sou vítima de uma caçada judicial que já está registrada na história.

Tenho certeza de que se a Constituição Federal e as leis desse país ainda tiverem algum valor serei absolvido pelas Cortes Superiores.

A expectativa de que os recursos apresentados pelos meus advogados resultem na minha absolvição no STJ ou no STF é o que basta, segundo a legislação brasileira, para afastar qualquer impedimento para que eu possa concorrer.

Não estou pedindo nenhum favor. Quero apenas que os direitos que vem sendo reconhecidos pelos tribunais em favor de centenas de outros candidatos há anos também sejam reconhecidos para mim. Não posso admitir casuísmo e o juízo de exceção.

O Comitê de Direitos Humanos da ONU já emitiu uma decisão que impede o Estado brasileiro de causar danos irreversíveis aos meus direitos políticos – o que reforça a impossibilidade de impedirem que eu dispute as eleições de 2018.

Quero que o povo brasileiro possa decidir se me dará a oportunidade de, junto com ele, consertar este país.

A partir de amanhã, vamos nos espalhar pelo Brasil para nas ruas, no trabalho, nas redes sociais, mas principalmente olhando nos olhos das pessoas, lembrar que esse país um dia já foi feliz e que os mais pobres estavam contemplados no orçamento da União como investimento, e não como despesa.

Cada um de vocês terá que ser Lula fazendo campanha pelo Brasil, lembrando ao povo brasileiro que nos governos do PT o povo trabalhador teve mais emprego, maiores salários e melhores condições de vida.

Que um nordestino que mora no Sul podia visitar sua família de avião e não somente de ônibus.

Que um pobre, um negro, ou um índio podia ingressar na universidade.

Que o pobre podia ter casa própria e comer três vezes ao dia.

Que a luz elétrica era acessível a todos.

Que o salário mínimo foi aumentado sem causar inflação.

Que foi posto em prática aquele que a ONU considerou o melhor programa de transferência de renda do mundo, beneficiando 14 milhões de famílias e tirando o Brasil do mapa da fome.

Que foram criadas novas universidades e novos cursos técnicos.

Para recuperar o direito de fazer tudo isso e muito mais é que sou candidato a Presidente da República.

Vamos dialogar com aqueles que viram que o Brasil saiu do rumo, estão sem esperança mas sabem que o país precisa resolver o seu destino nas urnas, não em golpes ou no tapetão.

Lembrar que com democracia, com nosso trabalho, o Brasil vai voltar a ser feliz.

Enquanto eu estiver preso, cada um de vocês será a minha perna e a minha voz. Vamos retomar a esperança, a soberania e a alegria desse nosso grande país.

Companheiras e companheiros, o Moro tinha até hoje para mostrar uma prova contra mim. Não apresentou nenhuma! Fato indeterminado não é prova! Por isso sou candidato.

Repito: com meu nome aprovado na convenção, a Lei Eleitoral garante que só não serei candidato se eu morrer, renunciar ou for arrancado pelo Justiça Eleitoral. Não pretendo morrer, não cogito renunciar e vou brigar pelo meu registro até o final.

Não quero favor, quero Justiça. Não troco minha dignidade por minha liberdade.

Um forte abraço,

Lula

15 agosto 2018

O maior registro de uma candidatura da história brasileira



Por Beatriz Cerqueira*


Depois de 15 dias de greve de fome, Frei Sérgio entrou naquele suntuoso  espaço acompanhado por um médico e recebendo auxílio para se deslocar. Ele, Adolfo Perez Esquivel (prêmio Nobel da Paz) e uma delegação composta por representação dos movimentos sociais, Igrejas, uma deputada do Podemos/Espanha, artistas e juristas fomos todos recebidos pela Presidente do STF, Carmen Lúcia. Para defender a liberdade do Presidente Lula.

Esquivel foi contundente e magnífico ao afirmar que Lula é um preso político, vítima de um golpe de estado que depôs a presidenta Dilma Rousseff, golpe que tem a complacência do Poder Judiciário. Destacou o que Lula representa para a América Latina e para o mundo. Ressaltou que democracia e direitos humanos são indivisíveis. Resgatou os golpes de estado com caráter jurídico e outras lideranças que foram seus alvos como Lugo, Rafael Corrêa e Manoel Zelaia. À ministra também lembrou "são 50 anos lutando pela liberdade do povo."

A articulação dos juristas pela democracia, através da Carol, resgatou a situação de exceção que vivemos ao lembrar que no Brasil hoje quem é inocente tem que provar a sua inocência e não mais o contrário. Entregou um abaixo assinado com mais de 240 mil assinaturas de intelectuais e juristas do mundo pela liberdade do Lula. Também resgatou todo o diálogo que a articulação tem feito com o Papa Francisco.

Pelos movimentos sociais e Frente Brasil Popular eu relatei à ministra um diagnóstico do resultado do golpe de 2016: 28 milhões de pessoas desempregadas ou subempregadas sendo 3 milhões em Minas Gerais, 12 milhões de famílias que já não conseguem comprar um botijão de gás, a educação e saúde que tiveram os investimentos congelados e perdemos o recurso do pré-sal, as pessoas estão perdendo a condição de moradia. Morando na rua como em Belo Horizonte que já são mais de 6 mil pessoas nesta situação! Reafirmamos nosso compromisso de continuar a luta contra o golpe e pela liberdade do Lula. As eleições se ganham nas urnas, não retirando quem tem a preferência do povo de concorrer!

O ator Osmar Prado questionou à ministra quantos cadáveres ainda teremos como resultados do golpe que estamos vivendo. Lembrou Dona Marisa Letícia, lembrou o reitor Luiz Carlos Cancellier. Reforçou o pedido de todos nós "faça valer a presunção de inocência"! E terminou perguntando "quem tem medo de Luiz Inacio Lula da Silva?

Frei Sergio emocionou todos que tinham coração naquela sala. Da sua profissão de fé disse a ministra de onde vem, as casas que frequenta (do povo pobre e humilde) e diagnosticou: a vida do povo piorou, a estrutura do estado brasileiro está deixando nosso povo no abandono, nossa justiça está ficando desacreditada. Falou representando os outros 6 companheiros que também estão em greve de fome.

Esquivel nos disse que em setembro fará o pedido de indicação do Presidente Lula para Nobel da Paz por tudo o que fez de combate à fome em nosso país!

A greve de fome dos 7 companheiros continua! A Marcha Lula livre já chegou em Brasília! 

Esta quarta-feira será o maior registro de uma candidatura da história brasileira pois será feito por milhares de brasileiros e brasileiras em Brasília!

*Professora, coordenadora-geral do Sind-UTE MG e presidente da CUT Minas - Via Brasil 247

14 agosto 2018

Lula no The New York Times: Eu quero democracia, não impunidade

Há um golpe de direita em andamento no Brasil, mas a justiça prevalecerá 

By Luiz Inácio Lula da Silva*

 
O ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva escreveu este artigo de opinião da prisão.

CURITIBA, Brasil - Dezesseis anos atrás, o Brasil estava em crise; seu futuro incerto. Nossos sonhos de nos transformarmos em um dos países mais prósperos e democráticos do mundo pareciam ameaçados. A ideia de que um dia nossos cidadãos poderiam desfrutar dos padrões de vida confortáveis ​​de nossos colegas na Europa ou em outras democracias ocidentais parecia estar desaparecendo. Menos de duas décadas após o fim da ditadura, algumas feridas daquele período ainda estavam cruas.

O Partido dos Trabalhadores ofereceu esperança, uma alternativa que poderia mudar essas tendências. Por essa razão, mais que qualquer outra, vencemos nas urnas em 2002. Tornei-me o primeiro líder trabalhista a ser eleito presidente do Brasil. Inicialmente, o mercado financeiro se abalou; mas o crescimento econômico que seguiu tranquilizou o mercado. Nos anos seguintes, os governos do Partido dos Trabalhadores que chefiei reduziram a pobreza em mais da metade em apenas oito anos. Nos meus dois mandatos, o salário mínimo aumentou 50%. Nosso programa Bolsa Família, que auxiliou famílias pobres ao mesmo tempo em que garantiu que as crianças recebessem educação de qualidade, ganhou renome internacional. Nós provamos que combater a pobreza era uma boa política econômica.

Então este progresso foi interrompido. Não através das urnas, embora o Brasil tenha eleições livres e justas. Em vez disso, a presidente Dilma Rousseff sofreu impeachment e foi destituída do cargo por uma ação que até mesmo seus oponentes admitiram não ser uma ofensa imputável. Depois, eu fui mandado para a prisão, por um julgamento questionável de acusações de corrupção e lavagem de dinheiro.

Meu encarceramento foi a última fase de um golpe em câmera lenta destinado a marginalizar permanentemente as forças progressistas no Brasil.  (...)

CLIQUE AQUI para continuar lendo (via The New York Times)

12 agosto 2018

O “strip-tease” do arbítrio


Na imprensa deste final de semana, assiste-se ao espetáculo obsceno da revelação de como as instituições judiciais se tornaram tão adeptas do Direito quanto aqueles “capangas lá do Mato Grosso” que ficaram tristemente famosos numa sessão do Supremo tribunal Federal.

Na Veja, o desembargador João Gebran Neto diz que agiu ilegalmente para “evitar um mal maior” – a soltura de Lula por algumas horas, até que o monólito da Justiça pudesse esmagá-lo outra vez – e atropelou a decisão do desembargador Rogério Favreto:

O desembargador Gebran Neto admitiu a amigos que ignorou a letra fria da lei ao dar decisão contrária à soltura de Lula, desconsiderando a competência do juiz de plantão. Gebran  alegou que era a única saída para evitar um erro ainda mais danoso: libertar o petista.

Gebran, está claro, o fez com as “costas quentes” que lhe deu o presidente do TRF-4, Carlos Eduardo Thompson Flores que, relata o chefe da Polícia Federal, Rogério Galloro,  ao Estadão, telefonou aos que tinham a obrigação de cumprir a ordem e, a revogou de “gogó” e, ele sim, sem jurisdição para isso.

O segundo momento tenso para a PF envolveu a ordem de soltar Lula dada pelo desembargador Rogerio Favreto e a contraordem de Moro e dos desembargadores Gebran Neto e Thompson Flores, do TRF-4.
 
Eu estava no Park Shopping, em Brasília, dei uma mordida no sanduíche, toca o telefone. Avisei para a minha mulher: ‘Acabou o passeio’. 

 Em algum momento a PF pensou em soltar o ex-presidente?
 
Diante das divergências, decidimos fazer a nossa interpretação. Concluímos que iríamos cumprir a decisão do plantonista do TRF-4. Falei para o ministro Raul Jungmann (Segurança Pública): ‘Ministro, nos vamos soltar’. Em seguida, a (procuradora-geral da Republica   ) Raquel Dodge me ligou e disse que estava protocolando no STJ (Superior Tribunal de Justiça) contra a soltura. ‘E agora?’ Depois foi o (presidente do TRF-4) Thompson (Flores) quem nos ligou. ‘Eu estou determinando, não soltem’. O telefonema dele veio antes de expirar uma hora. Valeu o telefonema.

Num país minimamente sério, o Conselho Nacional de Justiça estariam abrindo procedimentos contra Gebran, Flores e o Ministério Público instaurando uma investigação contra o próprio diretor da PF.

Desde quando “vale o telefonema” diante de um mandado judicial? Desde quando, sem ser provocado, um juiz decide que outra decisão judicial representa “um mal maior”?

Imagino que os nossos grandes juristas do STF devam estar achando, a esta altura, como explicações e justificativas para isso, ou os confeitos que estejam preparando para enfeitar o coronelato de roça que praticam os algozes de Lula.

Na Justiça brasileira, porém, isso já não enoja ninguém.

*Por Fernando Brito, jornalista - Editor do Blog Tijolaço, fonte desta postagem.

Coluna Crítica & Autocrítica - nº 134



Por Júlio Garcia**

*Eleições 2018: Com as escolhas dos nomes dos(as) candidatos(as) finalizadas pelos partidos políticos, está praticamente definido o cenário eleitoral para as eleições de outubro próximo.

*Se alguém ainda tinha dúvida sobre a candidatura do ex-Presidente Lula, agora é definitivo: o PT, em sua convenção Nacional, reafirmou que seu candidato será mesmo Lula, tendo como vice o ex-prefeito de São Paulo e ex-Ministro da Educação, Fernando Haddad.

*Todavia, caso se confirme mais uma violência contra Lula (preso injustamente em Curitiba, vale recordar, condenado sem provas num processo viciado comandado pelo parcial juiz Moro - e com a cumplicidade covarde e/ou cúmplice de parcela significativa do judiciário, aplaudido pela mídia conservadora e golpista e seus satélites locais e regionais), seu vice Haddad assumirá a titularidade e representará Lula na campanha. A deputada Manuela, do PCdoB, será então a candidata a vice-Presidente na chapa integrada pelo PT/PROS/PCdoB/PCO.

*No RS o candidato de Lula a governador é Miguel Rossetto, do Partido dos Trabalhadores, tendo como vice a vereadora Ana Afonso, do PT de São Leopoldo. Para o Senado vamos trabalhar para reeleger o bravo senador Paulo Paim (PT) e a companheira Abigail Pereira (PCdoB). “Vamos tirar o Estado da crise construida por eles – e sem vender o Estado do Rio Grande do Sul”, enfatizou Miguel Rossetto.

*Prezados(as) leitores(as): Não vamos desaproveitar mais essa chance que teremos daqui a menos de 60 dias. Está na hora do Brasil e do Rio Grande virarem essa página trágica de sua história recente e voltarem a crescer, com democracia, inclusão social, geração de empregos e renda, respeitabilidade internacional e participação popular. Por isso, em 7 de outubro ... é Lula Lá & Rossetto Aqui!

*Conforme já havia externado, muito embora honrado ficasse com a indicação do meu nome realizada por vários(as) companheiros(as) e amigos(as) para novamente concorrer a uma vaga na AL/RS nas eleições de outubro próximo, agradeci a lembrança e decidi “passar” desta vez, priorizando assim meu trabalho como Advogado. Também priorizarei – especialmente neste período eleitoral - a reeleição do companheiro e amigo Deputado Federal Marco Maia, do PT/RS (ex-presidente da Câmara dos Deputados - na foto acima com o Presidente Lula), cujo Mandato assessoro em Santiago e Região, bem como trabalharei pela reeleição do Deputado Estadual Nelsinho Metalúrgico, vice-presidente da AL/RS, com quem o Deputado Marco Maia faz forte “dobrada” na maior parte do Estado.

*A propósito, esta semana, em Canoas/RS (no Sindicato dos Metalúrgicos), realizamos importante reunião do Mandato do Deputado Marco Maia, oportunidade em que discutimos os ajustes finais da campanha pela sua reeleição, agendas, prioridades, bem como sobre nossas candidaturas majoritárias e proporcionais. Clima de muito otimismo, garra e vontade de vencer, em que pese a conjuntura difícil que vivemos...

*Uma curiosidade: todos os candidatos que estou apoiando nestas eleições - com exceção da companheira Abigail Pereira (PCdoB), que é pedagoga - são (ou foram) lideranças Sindicais, também todos Metalúrgicos: Lula, Rossetto, Paim, Marco Maia e Nelsinho Metalúrgico. Todos petistas, testados e forjados nas lutas do povo. -Vamos em frente! #A luta segue!!!
...

**Advogado, Assessor Parlamentar, Midioativista. Foi um dos fundadores do PT e da CUT. - Publicado originalmente no Jornal A Folha (do qual é Colunista), em 10/08/2018. (Via Portal O Boqueirão Online)

11 agosto 2018

Lula ganhou o debate. Opinião, acredite, de Miriam Leitão


Por Fernando Brito*

Na análise que faz do debate entre os candidatos a Presidente, hoje,  a coluna de Miriam Leitão, imagina-se com que dor no coração, admite que, “Lula venceu o debate por uma espécie de W.O. às avessas“, por não ter sido apontado como responsável pelas desgraças que vive o país.

Faltou chamar, diretamente, de incompetentes aos outros candidatos, o que se explica, talvez,  pela crista lhe ande baixa, depois do vexame a que foi submetida por seus patrões ao ler, repetindo o que lhe ditavam ao ouvido pelo “ponto” eletrônico, sobre as relações entre a Globo e a ditadura, após a entrevista de Jair Bolsonaro.

Fechado numa cela em Curitiba, mantido pelo PT como o candidato ficcional, [Lula] não teve seu legado atacado.

Como disse José Serra em 2010: que bobagem, Miriam!

Certamente acostumados às conversas em salões de restaurantes e salas de embarque de aeroportos, onde Lula é considerado algo como um demônio, D. Miriam e seus auxiliares, julgando-se mais inteligentes que todos ali, não conseguem entender o óbvio: não citaram Lula porque a única forma de “matá-lo”, politicamente, é o silêncio.

Evocar Lula, fora daqueles ambientes de classe média insuflada de ódio, é evocar a lembrança da população de que este pode ser um país menos injusto e mais próspero, exatamente o contrário do que a ele fizeram rezando pela cartilha dos “Cabos Daciolo do Mercado”, que proclama que a salvação virá da livre iniciativa, apenas.

Como são “candidatos de faz-de-conta”, que só têm alguma chance eleitoral com a exclusão de Lula da disputa, o lógico e o natural é que esmerem-se em fazer de conta que Lula não existe.

Não é por outra razão que Lula teve de dar uma clarinada, lá de Curitiba, para que Haddad e Manuela D’Avila se exponham mais. Quer e precisa frustrar o plano de excluí-lo da polêmica pelo silêncio, pelo isolamento na Sibéria de Curitiba.

Os altos estrategistas da direita brasileira sabem disso, mas têm dificuldades em conter o ódio e o ressentimento com que seus porta-vozes crocitam e que os torna obtusos ao ponto de reconhecer-lhe apenas um mérito, o de “não destruir, no primeiro mandato, a herança que recebeu” de Fernando Henrique Cardoso.

E, ao contrário do que fizeram os microcandidatos no debate, não entende que, para o sistema, eles são a mais perfeita tradução do que disse Fernando Henrique Cardoso: “é o que temos”.

Depois D. Miriam não reclame se, de novo, forem lhe dizer o que falar pelo ponto eletrônico.

*Jornalista, Editor do Tijolaço

11 DE AGOSTO - DIA DO ADVOGADO E DA ADVOGADA

Resultado de imagem para sobre o dia do advogado


*Parabéns a todas e todos os colegas pelo nosso dia!!!

Globo abre temporada de caça a Haddad e Dilma



Dias após o anúncio de que será vice na chapa de Lula, Haddad sente o que virá pela frente durante a campanha; no esforço de construir narrativas contra o PT, Globo mira suas armas contra o ex-prefeito de São Paulo e também contra a Dilma Rousseff, que lidera isolada a campanha para o Senado em Minas Gerais

CLIQUE AQUI para ler na íntegra (via Brasil 247)

08 agosto 2018

PT santiaguense reúne hoje seu Diretório Municipal


O Partido dos Trabalhadores - PT de Santiago/RS, seguindo determinação contida na  Resolução tirada na reunião de seu  Diretório Municipal  realizada em 12/07, estará realizando nova 'Reunião Aberta' nesta quarta-feira, 08/08. A pauta será: Conjuntura, campanha Lula Livre, Eleições, Assuntos Gerais  e atividades relativas ao próximo dia 15 de agosto, quando ocorrerá em Brasília a inscrição do nome do ex-Presidente Lula como candidato do partido à Presidência da República.

Todos os filiados e simpatizantes estão convidados(as). A reunião ocorrerá na Associação dos Cabos e Soldados da Brigada Militar (Greminho), situada no Bairro Maria Alice Gomes (próximo a Escola da URI), devendo iniciar às 17,30h. 


06 agosto 2018

Lula: bem-vinda, Manuela. Vamos cada vez mais juntos

Stuckert

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva saudou a deputada Manuela D'Ávila (PCdoB), com uma mensagem em seu twitter na manhã desta segunda (6): "Bem vinda, @ManuelaDavila. Vamos cada vez mais juntos! #OBrasilFelizDeNovo"

CLIQUE AQUI para ler na íntegra (via Brasil 247)

Entenda por que Haddad foi escolhido para ocupar o lugar que é de Manuela

Lula, Haddad e Manuela
Por Joaquim de Carvalho*

Na sexta-feira, publiquei um artigo em que explique a natureza do acordo do PT com o PCdoB, que garantiu à candidatura de Lula quase o dobro de tempo de TV, somados os segundos do PCdoB,  do PROS e do PCO, que integrarão formalmente a aliança. 

O acordo também garantiu palanque para Lula (ele próprio ou quem ele indicar) em mais de dez Estados, e impediu que o tempo de TV do PSB fosse para algum adversário — neste momento, pela decisão de Ciro Gomes de marchar sozinho, o PDT se tornou adversário, não como as candidaturas da direita, como Alckmin e Bolsonaro, mas adversário, na medida em que o alvo é o mesmo, a eleição presidencial. 

Claro que Ciro e o PT buscarão aliança mais à frente, pelas inegáveis afinidades de propostas, mas hoje são adversários — não inimigos. 

Por isso, não faria sentido nenhum abrir mão de um acordo com o PSB para deixá-lo somar forças com Ciro Gomes. Seria suicídio político ou, por outras palavras, representaria abrir mão do esforço para voltar a governar o Brasil, retomando o lugar de que Dilma foi tirada pela força da violência institucional, com aparência de legalidade.

No artigo, escrevi que a vaga de vice estava reservada a Manuela D’Ávila, do PCdoB, e os leitores mais apressados podem dizer que o lugar foi preenchido por Fernando Haddad — portanto, errei. 

Calma, Haddad só está esquentando o lugar, que é de Manuela. Então, por que não colocar Manuela agora? Pela simples razão de que, como vice provisório, falando em nome de Lula, Haddad pleiteará participar de todas as atividades públicas de campanha, inclusive sabatinas pelos órgãos de imprensa e debates. 

Mas isso Manuela não poderia fazer? É a pergunta pertinente. Sim, poderia. 

Mas Manuela é do PCdoB, e, por isso, mais apropriado, é que alguém do PT fale em nome da chapa, e Haddad preenche como ninguém este requisito — além de petista, foi ministro de Lula, coordenou o programa de governo. 

A voz de Haddad será a a voz de Lula. Com esse propósito, é ele quem será registrado como vice. A pergunta óbvia é: então, Haddad é o candidato a presidente? Por enquanto, não. 

O candidato a presidente é Lula e a aliança levará até a último momento a campanha para que Lula tenha o direito de disputar a eleição. 

Com isso, serão duas as campanhas: Lula Livre e Lula presidente — no fundo, significam a mesma coisa. Ao defender Lula Livre, a aliança denuncia o processo violento com que se tirou o PT do Planalto e, em seguida, em uma ação que teve tramitação com rapidez anormal e com uma ação judicial sem provas e demonstração de culpa, se prendeu Lula. 

As duas coisas — o impeachment de Dilma e a prisão de Lula — representam a fotografia do golpe, e é preciso mostrá-la ao eleitor, o que significa radicalizar a democracia: demonstrar a torpeza em todos os seus detalhes e dar ao eleitor a oportunidade de entender que, por conta disso, o alvo não é apenas Dilma, Lula ou o PT. O alvo é a soberania da nação — afastá-los abriu caminho para o saque. Não é à toa que o litro da gasolina custava R$ 2,90 e hoje está em R$ 5,00.

Lula está tendo seus direitos políticos roubados, num processo viciado, mas o roubo maior ocorre no bolso da maioria dos brasileiros. 

Se Lula, por conta desse processo, não puder ser candidato, Haddad será, com Manuela vice. Se Lula puder ser candidato, Haddad cede o lugar de vice para Manuela. Dois nomes serão registrados na justiça eleitoral neste momento — Lula e Haddad —, mas são três os nomes que, informalmente, estão na chapa — além dos dois, Manuela. É uma chapa com três nomes.

Nunca aconteceu isso antes no Brasil, mas também não é sempre que o Brasil sofre um golpe. 

Para combater a violência institucional, há momentos em que o povo pega em armas. Na escola do PT, isso está descartado. O que o partido aprendeu a fazer é disputar eleição. 

Mostrou que, derrotado nas urnas, sabe perder. Mas não abre mão do direito de tentar ganhar. E, ao ganhar, usar o governo como meio de transformar efetivamente o país. No governo já errou, e muito, mas a costura política concluída neste fim de semana mostra que o PT e seus aliados mais próximos, como o PCdoB, não desistiram de tentar.

*Via DCM

05 agosto 2018

PT bate o martelo e Haddad é o vice de Lula




247* - A direção nacional do PT fechou questão e definiu que o vice de Lula será o ex-prefeito Fernando Haddad. Com a decisão, a direção do PC do B deve manter a candidatura de Manuela D'Ávila. 

Fernando Haddad é o coordenador do programa de governo de Lula e, hoje, um dos líderes do PT mais próximos do ex-presidente, que lançou-o para a vida pública como ministro da Educação em 2005 (ele ficou no cargo até 2012) e depois como candidato a prefeito de São Paulo, vitorioso no segundo turno em 28 de outubro de 2012. 

*Via https://www.brasil247.com

Com Ana Affonso como vice, PT oficializa Miguel Rossetto ao governo do RS

Rossetto oficializou chapa ao lado da vice, Ana Affonso, de candidatos ao Senado e a deputados | Foto: Ubirajara Machado/Divulgação
Da Redação do Sul21*
 
Em convenção realizada neste domingo (5), o Partido dos Trabalhadores confirmou o nome de Miguel Rossetto para a disputar o governo do Estado. A vereadora Ana Affonso, do PT de São Leopoldo, foi anunciada como candidata à vice-governadora. A campanha tem o nome de “O Rio Grande que o Povo Quer”.

Um dos fundadores da Central Única de Trabalhadores (CUT), Rossetto foi vice-governador de Olívio Dutra, em 1999 e 2003. Quando o PT assumiu o governo federal, trabalhou como ministro do Desenvolvimento Agrário, nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, foi presidente da Petrobras Biocombustível, ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República e da República e do Trabalho e Previdência Social, pasta que ocupava quando a presidente sofreu impeachment, em 2016.

Já sua vice é vereadora no município de São Leopoldo, em terceiro mandato, e líder do governo de Ary Vannazi (PT), na Câmara. Ana Affonso também foi eleita deputada estadual em 2010.

A convenção também confirmou os nomes de Cleonice Back e do senador Paulo Paim para o Senado. Paim está há mais de 30 anos no Congresso nacional.

Também foi homologada a nominata de 20 candidatas e candidatos a deputado(a) federal e de 40 candidatas e candidatos a deputado(a) estadual pelo PT.

*Fonte: https://www.sul21.com.br

04 agosto 2018

Carta de Lula ao Encontro Nacional do PT


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou carta endereçada aos participantes do Encontro Nacional do PT, ocorrido neste sábado (04/08). O encontro confirmou a candidatura de Lula à presidência. Confira a carta na íntegra:

MENSAGEM AO ENCONTRO NACIONAL DO PT

Companheiras e companheiros,

Esta é a primeira vez em 38 anos que não participo pessoalmente de um encontro nacional do nosso partido. Mas sei que estou presente por meio de cada um de vocês, cada dirigente, delegado e militante do PT.
 
Ao longo desses 38 anos nós construímos a mais importante força política que este país já conheceu. Porque nascemos das bases, da classe trabalhadora da cidade e do campo, lutando pela democracia e pela justiça. E nunca, nunca mesmo, nos afastamos do povo.

Chegamos ao governo pelo voto, depois de um longo aprendizado, para transformar o Brasil. E transformamos. Vencemos a miséria e a fome. Levamos água para quem sofria com a seca e luz elétrica para quem vivia nas trevas. Levamos as crianças para a escola e os jovens – negros, pobres e indígenas – para a universidade.

São coisas que parecem simples em qualquer país civilizado, mas que representaram uma enorme diferença para nossa gente sofrida. E isso só foi possível porque sempre colocamos os trabalhadores e os mais pobres no centro das atenções do governo.

Criamos um dos maiores e melhores programas de transferência de renda do mundo, o Bolsa Família. Aumentamos o valor real do salario mínimo. Levamos  crédito para os trabalhadores, os aposentados e para a agricultura familiar. Criamos 20 milhões de empregos.

Nos muitos governos anteriores ao nosso, a imensa maioria da população era tratada como se fosse um problema. Nós tratamos a nossa gente como solução, e por isso o Brasil mudou. Provamos que é possível fazer diferente e melhor do que sempre fizeram antes.

Hoje o nosso povo está sofrendo. A fome voltou a rondar os lares e muitos nem têm mais um lar: estão vivendo nas ruas, tornaram-se mendigos junto com os filhos. Milhões de trabalhadores desistiram de procurar emprego, porque não há. Milhões foram excluídos do Bolsa Família. As universidades e os hospitais vivem sua maior crise.

Hoje o nosso país está sendo vendido. Nossa Petrobrás, nosso pré-sal, a Eletrobrás, os bancos públicos; todos na fila para serem entregues a preço de banana aos grandes grupos estrangeiros, como já fizeram com a Embraer. Nossa politica externa voltou a ser ditada pelo Departamento de Estado norte-americano.

Hoje a nossa democracia está ameaçada. Há dois anos deram um golpe parlamentar para destituir a presidenta Dilma Rousseff, rasgando a Constituição. Agora querem fazer uma eleição presidencial de cartas marcadas, excluindo o nome que está à frente na preferência popular em todas as pesquisas.

Já derrubaram uma presidenta eleita; agora querem vetar o direito do povo escolher livremente o próximo presidente. Querem inventar uma democracia sem povo.

Este encontro nacional do PT talvez seja um dos mais importantes em toda a história do nosso partido. É enorme a responsabilidade que temos pela frente. A decisão de hoje vai nos conduzir a uma luta sem tréguas pela democracia, pelo povo brasileiro e pelo Brasil. E a vitória dependerá do empenho de cada um de nós.

Gostaria de estar aí para abraçar cada companheira e companheiro. Para agradecer por toda a solidariedade e principalmente por manterem aceso o espírito do PT, mesmo nas circunstâncias mais difíceis. De onde me encontro, estou sempre renovando minha fé de que o dia do nosso reencontro virá, pela vontade do povo brasileiro.

Viva o Brasil!

Viva o Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras!

Um abraço do

Lula

*Com o site https://www.lula.com.br/

Sem apoio do Centrão e do PSB e sem tempo de TV, Ciro põe na 'burocracia do PT' a culpa por sua desgraça

Ciro Gomes

Por Antonio Mello*
 
Nosso maior dramaturgo, Nelson Rodrigues, não era um homem da praia, da zona sul. Ele gostava da zona norte do Rio, "onde ainda há o suicídio por amor, onde ainda se morre e mata por amor". Mais adiante, chegou a ter uma nostalgia, reclamando que já não havia mais suicídios por amor.

Nelson Rodrigues morreu em 1980, não chegou a conhecer Ciro Gomes, que nessa época era estudante de Direito no Ceará. Porque Ciro é um desses personagens rodrigueanos, que tocam figo no próprio corpo em praça pública.

Há alguns anos, em meio à disputa presidencial, Ciro deu uma declaração mortal sobre a importância de sua mulher (na época a atriz Patrícia Pilar) em sua vida, dizendo que o papel dela "é dormir comigo".

Agora, mais uma vez, tendo fracassado em todas as investidas que fez para aumentar o poder de fogo de sua candidatura, vendo fechadas as portas do Centrão e do PSB, Ciro resolve atear fogo às vestes e atacar o PT.

Publica em sua página no Facebook um texto ironicamente chamado "Muita Calma Nessa Hora", em que mete o sarrafo numa tal "burocracia do PT", a partir de opiniões que leu na mídia corporativa. Do texto, que pode ser lido na íntegra aqui, que printei aqui, destaco os trechos a seguir:

"A violência e o grosseiro equívoco desta atitude [acordo com PSB] da cúpula do PT..." "Compreendamos com humildade e paciência o péssimo momento que a burocracia do PT está vivendo. Já não é mais política, é religião, culto à personalidade, pragmatismo da cúpula de uma organização que parece não querer aprender mais nada." "A cúpula do PT terá de se haver perante a história com as consequências de seus atos de agora." "A viagem lisérgica da burocracia do PT tem data para acabar: pretendem enganar a boa gente que adora o Lula, com muitas razões, volto a repetir, de que ele será candidato." "Não deixarão Lula ser candidato! Até as pedras do caminho sabem disso! Pior, a burocracia do PT também sabe muito bem disso. Ou seja, é para bailar à beira do abismo que os burocratas do PT convidam a Nação Brasileira."

Lá pelo meio de seu desabafo, ele afirma: " Em nenhuma hipótese é o PT o nosso inimigo!".

OK. Se não é o inimigo, por que atacá-lo? Como Ciro pode dizer que é uma tal burocracia do PT que defende a candidatura Lula, se o próprio Lula se declara candidato toda vez que tem oportunidade de fazê-lo? Se Lula mandou Haddad lançar até linhas gerais de seu futuro governo (veja um vídeo produzido pelo blog do Mello sobre esse projeto de Lula aqui)?

Só se Ciro acha que o que Lula diz não é o pensamento de Lula, mas da "burocracia do PT", que faria a cabeça de Lula.

Só se Ciro Gomes vê em Lula um Sassá Mutema, personagem de Lauro César Muniz, um boia-fria ignorante, que é manobrado por políticos e se elege prefeito de uma pequena cidade.

Personagem rodrigueano, Ciro deveria ler "A Mulher sem pecado", primeira peça de Nelson, e ver se exorciza o Olegário que traz em si, um homem obcecado pelo ciúme, que acaba incitando o desejo e a traição em sua mulher sem pecado.

Não é o Centrão, nem o PSB, nem a "burocracia do PT", mas o próprio Ciro o causador de suas desgraças. E não é de hoje.
 
*Editor do Blog do Mello, fonte desta postagem.

Janaína escapa e deixa só o ‘príncipe” para Bolsonaro






Por Fernando Brito*

Uma eleição onde os candidatos a presidente são micróbios políticos tinha de ter, afinal, vices com a estatura de bactérias.

Mas ainda assim, está difícil e, até este momento, poucos há definidos.

Ana Amélia para Alckmin: uma mulher grosseira, antipática, agressiva, com tanta capacidade de empatia quanto um rinoceronte.

Henrique Meirelles, claro, consegue um fácil, talvez até pelo Mercado Livre, já que não lhe faltam meios de obter um companheiro para o conto de carochinhas.

Marina Silva vai de Eduardo Jorge, sujeito simpático, mas sem expressão política e escolhido depois da recusa do ator Marcos Palmeira.

E Jair Bolsonaro com o “príncipe desconhecido” depois de ter levado um fora de sua Branca de Neve, Janaína Paschoal.

Tudo, portanto, no diminutivo.

Sobra o lugar de vice do Lula, o gigante da eleição, que torna, assim, imenso aquele que for escolhido seu vice também se agigantará.

Será o seu porta-voz e, por isso, terá de encarnar o tamanho e a firmeza que o ex-presidente demonstra.

Por isso é tão decisiva a escolha e o próprio Lula sabe disso.

Por isso leva a escolha ao limite.

Tem de juntar lealdade à capacidade e isso não é fácil.

*Jornalista, Editor do Tijolaço

03 agosto 2018

Ana Amélia do relho é o escudo de Alckmin para enfrentar Bolsonaro

PSDB tenta reconquistar a extrema-direita
AnaAlckmin1.jpg
Originais: Cleones Ribeiro/TV Cultura/Wikimedia Commons, Antônio Cruz/Ag. Brasil, Reprodução/Vegaoo.pt

Da Fel-lha:*

Ana Amélia aceita ser vice de Alckmin, mas condiciona apoio a acertos no RS

Uma semana após ter sido rejeitado pelo empresário Josué Alencar (PR), Geraldo Alckmin (PSDB) confirmou na noite desta quinta (2) a senadora Ana Amélia (PP-RS) como sua candidata a vice-presidente.

"É um gesto importante já que ela era candidata [ao Senado] e abriu mão de tentar a reeleição”, disse o tucano em entrevista GloboNews. Alckmin chamou Ana Amélia de “vice dos sonhos” e exaltou o fato da parlamentar ser mulher. “Era a melhor candidata a vice. Não tinha escolha melhor."

Antes da confirmação, a senadora condicionara a aliança a acertos no Rio Grande do Sul. PP e PSDB têm candidatos ao governo do estado. O deputado Luiz Carlos Heinze (PP), com apoio de DEM, PSC, Pros e PSL, enfrenta o ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite (PSDB) (...) Heinze poderia deixar a disputa para ser candidato ao Senado em uma composição entre as legendas.

Após Alckmin anunciar publicamente seu nome, Ana Amélia disse (...) que a situação no estado já havia sido resolvida.

(...) a aliança no RS é uma má notícia para o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), que, com a saída de Heinze, ficaria sem palanque no estado. O tucano aposta em tirar votos do capitão reformado devido ao perfil conservador e pró-agronegócio de Ana Amélia.

(...) Ana Amélia havia sido procurada por Alckmin na quarta (1º) e, nesta quinta, recebeu telefonemas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e de seu colega tucano Tasso Jereissati (CE). (...)

Em tempo: a senadora Ana Amélia também é conhecida, no ABC do C Af, como Ana Relho.

Em tempo2: em abril deste ano, a senadora Ana Amélia usou seu discurso no senado para chamar a rede Al Jazeera de terrorista.

*Via site Conversa Afiada (PHA)

01 agosto 2018

Ato extremo: Militantes iniciam 'greve de fome por justiça' e entregam documento ao STF

Ativistas afirmam que só encerrarão movimento quando Lula estiver em liberdade. “Lutamos porque ainda há fome e não podemos perder o pouco que a gente tem”

 Manifesto Greve de fome - Leitura do manifesto que explica razões da greve e associa prisão de Lula a cenário de perda de direitos e aumento da pobreza (mst)
 
São Paulo – por Redação RBA  - Às 16h40 desta terça-feira (31), o frei franciscano Sérgio Görgen declarou, dentro do Supremo Tribunal Federal (STF): “Iniciada a greve de fome para que a justiça se restabeleça no Brasil”. Integrante, como o frei, do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), a militante Rafaela Alves, de Sergipe, acrescentou, enquanto caminhavam para sair do interior do tribunal: “Lutamos porque ainda há fome e não podemos perder o pouco que a gente tem”.

Após lerem um breve manifesto, os militantes que iniciaram jejum foram retirados da frente do prédio por seguranças da Corte. Houve empurrões, e pelo três manifestantes caíram. Eles acusaram os seguranças de truculência.

A greve de fome por tempo indeterminado foi iniciada como um ato extremo pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde 7 de abril nas dependências da Polícia Federal em Curitiba. Os manifestantes prometem que só encerram o movimento quando Lula estiver em liberdade. O texto do manifesto é breve e menciona os retrocessos sociais em andamento no país:

Nós, militantes dos movimentos populares do campo e da cidade, ingressamos conscientemente na “Greve de Fome por Justiça no STF”, iniciada no dia 31 de Julho de 2018 em Brasília, por tempo indeterminado.

Nossa opção por esse gesto extremo de luta decorre da situação extrema na qual se encontra nossa Nação, com a fome e as epidemias retornando e o desemprego desgraçando a vida de nosso povo.

O que motiva nossa decisão é a dor e o sofrimento dos brasileiros e brasileiras.

Nossa determinação nasce também pelo fato de que o Poder Judiciário viola a Constituição e impede o povo de escolher pelo voto, soberanamente, o seu Presidente e o futuro do país.

Rafaela e frei Sérgio estão acompanhados na greve de fome pelos militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) Jaime Amorim (Pernambuco), Zonália Santos (Rondônia) e Vilmar Pacífico (Paraná); e Luiz Gonzaga Silva, o Gegê, da Central de Movimentos Populares.

Frei Sérgio disse ainda que “o jeito com que o Supremo nos tratar é o jeito com que vai tratar o povo". "Eles (os ministros) não podem violar aquilo para o qual foram colocados no tribunal, que é zelar pela Constituição”.

Zonália declarou nos microfones que já é avó e participa do movimento pelas crianças de todo o Brasil. 

Os grevistas voltaram a declarar que os membros do Judiciário serão responsáveis pelo que acontecer com os grevistas de fome. Frei Sérgio reafirmou que os principais responsáveis são os seis ministros que votaram contra o habeas corpus que poderia ter colocado Lula em liberdade: Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Luiz Fux e Rosa Weber.
  protocolo-stf
Os grevistas protocolaram o documento no STF logo após a leitura - MST
 *Fonte: RBA