17 abril 2016

'Vamos em frente e, hoje ou depois, vamos vencer'



O que eu sei sobre hoje? Só que nada será como antes, amanhã*
Pensei muito antes de escrever, neste dia de vergonha para o Brasil.
Vergonha, porque mesmo que se não haja os 342 votos necessários ao desfecho do golpe, estamos diante de uma situação inimaginável para um grande país, um dos maiores do mundo, em terra, em gente, em riqueza, em potencial.
E, ainda assim, a ponto de ser abocanhado por um quadrilheiro parlamentar da pior espécie, que chega a iminência de elevar ao governo uma nulidade, que só pode ser ter algum destaque nas malas artes da intriga, da perfídia, da traição.
A vergonha também é inevitável quando se vê um país, que tinha vivido a tola -embora doce – ilusão de que poderia ser um só, inapelavelmente dividido e mais ainda ficará se consumado o golpe.
É que o feroz e inevitável retrocesso social drenará o lado do golpe rapidamente dos ingênuos e nele só sobrarão as feras que já arreganham os dentes.
O incontrolado apetite de poder da direita lhes dará um prato cru e sangrento, próprio apenas para feras.
O monólito que se formou entre a mídia, o poder econômico e os políticos tem uma crosta – o golpe – ainda a cobrir-lhes as fissuras.
Do outro lado, não me recordo, desde a luta contra a ditadura, que se tenha encontrado em tanta sintonia o campo popular. Como dizia Otto Lara Resende dos mineiros e o câncer, somos solidários na dor.
Depois da tesoura da ditadura, que nos cortou o fio da História,  parece que os velhos métodos golpistas da direita nos relembram, também, que nossas lutas, as lutas políticas e sociais do povo brasileiro, vêm de longe.
Vencidos ou vencedores, teremos de mudar e a mudança está na natureza dos que evoluem, porque ela a metamorfose que nos eleva do rastejar ao vôo.
Escrevo, pois, antes da tarde, noite e possível madrugada da tentativa ou da consumação do golpe.
Com uma certeza tão grande quanto cantava, bem jovem, o “sei que nada será como antes, amanhã” do Mílton.
E confiante que ao grande e caudaloso rio que é o povo brasileiro não podem parar, ainda que o obriguem a dar voltas.
Mas que se lembrem: as águas que se represam, alguma hora verterão.
O único que importa, só o que é vital, é que estejamos mergulhados nelas.
Vamos em frente e, hoje ou depois, vamos vencer.
*Por Fernando Brito, Editor do Tijolaço
(O Editor deste Blog assina embaixo).

16 abril 2016

'A palavra Golpe estará para sempre na testa dos traidores da Democracia'




*Via face

A Democracia, a República e o Estado Democrático de Direito (ameaçados)




Por Júlio Garcia*

O clima reinante hoje no Brasil é deveras preocupante – pelo menos, para quem tem apreço pela Democracia e pelo Estado Democrático de Direito. A intolerância, o ódio e a violência fascista, racista e misógina – explícitos na mídia, nas redes sociais, nos restaurantes e nas ruas –, traduzem muito bem o ponto que chegamos e os riscos que corre nossa – ainda – jovem e frágil Democracia, duramente reconquistada após 21 anos de arbítrio.

Esse processo tresloucado, originado pelo infinito “3º turno” eleitoral instigado por uma oposição raivosa - e seu braço midiático -  que não aceitou a derrota nas urnas, atingiu seu “clímax” com o revanchista pedido de impeachment contra a Presidenta, irresponsavelmente aceito por Eduardo Cunha, Presidente da Câmara dos Deputados (que não é, diga-se de passagem, nenhuma  referência de ética, de discrição, de honestidade  e de sobriedade... muito pelo contrário).  Importante esclarecer que o pedido refere-se às chamadas “pedaladas fiscais” realizadas pelo Governo Federal onde, em tese (questionadíssima), este teria cometido “crimes de responsabilidade” (previstos no Art. 85 da CF/88). Prática, aliás, realizada por governos anteriores (especialmente por FHC) e pela absoluta maioria dos governadores, mas somente “criminalizada” agora, com a oportuna “ajuda” do “insuspeito” TCU...

É, como claro está, mero artifício dos não conformados com o segundo revés eleitoral consecutivo para a Presidenta Dilma Rousseff (sendo quatro para o PT, se inclusos os dois mandatos exercidos pelo ex-Presidente Lula).

Conforme explica o professor Igor Fuser[1] “o pretexto usado pelos políticos da oposição para tentar afastá-la do governo, a chamada “pedalada  fiscal”, é um procedimento de gestão do orçamento público de rotina em todos os níveis de governo, federal, estadual e municipal, e foi adotado nos mandatos de Fernando Henrique e de Lula sem qualquer problema. Ela, simplesmente, colocou dinheiro da Caixa Econômica Federal em programas sociais, para conseguir fechar as contas e, no ano seguinte, devolveu esse dinheiro à Caixa. Não obteve nenhum benefício pessoal e nem os seus piores inimigos conseguem acusá-la de qualquer ato de corrupção.”  

Segundo o jurista Pedro Estevam Serrano, professor de Direito da PUC/SP, ainda que se considere que a presidenta Dilma tenha praticado as pedaladas fiscais, não há gravidade suficiente para qualificar crime de responsabilidade.“A Constituição diz que tem de haver um atentado à Constituição para ter crime de responsabilidade”. Para o conceituado jurista, os ministros do STF dizem que o instituto do impeachment é legal porque está assegurado pela Constituição, mas o mesmo  está previsto para ser aplicado em casos de responsabilidade“Esse pedido de impeachment que está aí {na Câmara dos Deputados} é inconstitucional”[2].  

No mesmo sentido, o jurista Dalmo de Abreu Dallari se manifesta: “Não existindo fundamento jurídico-constitucional o impeachment seria efetivamente um golpe contra o sistema político-jurídico democrático consagrado na Constituição feita pelo povo em 1988. Assim, pois, dizendo que o impeachment não seria um golpe simplesmente porque está previsto na Constituição os que assim procedem cometem também uma “mancada”, pois ignoram ou esquecem as exigências constitucionais para sua aplicação legítima e democrática”.[3]

Da mesma forma, a ampla maioria dos Juristas sérios deste país têm demonstrado  que inexiste fundamento jurídico para a derrubada da Presidenta da República, democraticamente eleita com mais de 54 milhões de votos nas últimas eleições presidenciais. Diz o Manifesto, do qual também sou signatário: Pela construção de um Estado Democrático de Direito cada vez mais efetivo, sem rupturas autoritárias, independentemente de posições ideológicas, preferências partidárias, apoio ou não às políticas do governo federal, nós, juristas, advogados, professores universitários, bacharéis e estudantes de Direito, abaixo-assinados, declaramos apoio à continuidade do governo da presidenta Dilma Rousseff, até o final de seu mandato em 2018, por não haver qualquer fundamento jurídico para um Impeachment ou Cassação, e conclamamos todos os defensores e defensoras da República e da Democracia a fazerem o mesmo.”[4]

“combate à corrupção”, o falso moralismo hipócrita vociferado especialmente nas tribunas e na mídia através dos “discursos” de oposicionistas nada vestais – a  exemplo do que fizeram os golpistas udenistas em  1964 -, é mero pretexto para o golpe. Afinal, nenhum governo combateu tanto os “malfeitos”  como foi realizado nos últimos treze anos de governos petistas. Mas isso, para os golpistas de plantão, não interessa... A diferença (alentadora) é que agora o comando das Forças Armadas não embarcou na aventura e reiterou várias vezes seu compromisso constitucional legalista.

Ardilosamente trabalhada para influenciar a opinião pública contra a Presidenta Dilma, a chamada “Operação Lava-Jato” (ou “Vaza-Jato”[5], que nada tem a ver e não fundamenta, ressalte-se, o atual pedido de impedimento da Presidenta Dilma),  escancara a seletividade das “investigações”,  atuando somente contra um lado – no caso, contra  o Partido dos Trabalhadores, seus aliados e o Governo Federal - e ignorando, sobretudo, os fortíssimos indícios de crimes praticados pela oposição, especialmente por políticos  do PSDB e seus satélites. A truculência e os abusos (condução coercitiva, dentre outros) recentemente realizados pelo  juiz  Sérgio Moro  contra o ex-presidente Lula e sua família, é uma amostra cabal disso. Da mesma forma, a vergonhosa e criminosa “tabelinha” (também chamada “consórcio Mídia/Lava-Jato”) realizada por esse juiz com a Rede Globo, através dos vazamentos seletivos e ilegais de ‘grampos’ realizados por aquele e reproduzidos semanalmente  nos  programas televisivos, rádios e jornais  desse grupo, denunciam ao ponto que chegamos.[6]

Claro está que, como vimos acima, o golpe de direita em curso (travestido de “impeachment”) não é apenas “do Judiciário”: o golpe passa também pelo atual Congresso "gangsterizado” (tanto Câmara presidida pelo deputado Cunha quanto o Senado, por Renan Calheiros, ambos do PMDB), por setores do Ministério Público, da Polícia Federal. Um dos seus notórios arautos é o senador Aécio Neves - derrotado por Dilma Roussef nas urnas, citado ‘n’ vezes nas, no mínimo, controversas “delações premiadas”,  e que revelou-se um péssimo perdedor -; passa, ainda, pelo PSDB e seus partidos coadjuvantes (DEM, PPS, SDD...), assim como  pelo (pasmem!)  vice-presidente da República, Michel Temer, que recentemente ‘saiu do armário’ e também vestiu a farda golpista, assim como por amplos setores do seu partido (PMDB) e, por óbvio, pela fortíssima participação da mídia monopolizada, com a Globo, Veja, Folha e Estadão  à frente.[7]

Há que destacar, ainda – negativamente – o triste e equivocado papel exercido pela atual diretoria da OAB que, de forma açodada, à exemplo do que fez em 1964, novamente alinha-se aos golpistas, postura  essa que  não representa a posição da absoluta maioria dos advogados brasileiros.[8]

As elites reacionárias e antidemocráticas, derrotadas em quatro sucessivas eleições presidenciais decidiram, sem nenhum pudor, partir para o “golpe branco” (ou Paraguaio,  Hondurenho, como queiram ...). Aliás, como já fizeram – e continuam fazendo  outros países (em particular América Latina);  afrontam, sem nenhum pejo, as regras democráticas mais elementares. Teimam, mais uma vez, em desconhecer o resultado das urnas. Arquitetam,  nos bastidores obscuros, a tomada do poder ‘na marra’.  Só que não contavam com a reação cada vez mais crescente dos setores democráticos da sociedade, do Partido dos Trabalhadores, do PC do B e  aliados,  da CUT, da CTB, MST, da UBES, MTST, UNE e de inúmeras organizações populares,  da juventude, sindicais  e sociais - articulados através da Frente Brasil Popular - que não abdicaram de defender a Constituição, prestes mais uma vez a ser violada, à lutar pela Democracia e pela manutenção do Estado Democrático de Direito em nosso país  e estão indo, aos milhares, às ruas, como vimos nos últimos dias, deixando claro que a aventura golpista  tem - e terá, se consumada -  enormes resistências.

Como bem coloca o Manifesto ao Povo Brasileiro lançado pela Frente Brasil Popular (FBP), é mais do que necessário, especialmente neste momento, “ampliar a democracia e a participação popular nas decisões sobre o presente e o futuro de nosso país. É fundamental denunciar – e lutar -, em todas as esferas,  contra o golpismo — parlamentar, judiciário ou midiático — que ameaça a vontade expressa pelo povo nas urnas, as liberdades democráticas e o caráter laico do Estado”, assim como “por uma reforma política soberana e popular, que fortaleça a participação direta do povo nas decisões políticas do País, garanta a devida representação dos trabalhadores, negros e mulheres, impeça o sequestro da democracia pelo dinheiro e proíba o financiamento empresarial das campanhas eleitorais”.[9]

É necessário e urgente, portanto, denunciar ao Mundo que, neste momento, no Brasil, é a  Democracia, a  República e o Estado Democrático de Direito que estão sendo ameaçados. E mostrar que  a cidadania organizada, como vimos nas grandes manifestações realizada dias 18 e 31/03, respaldada no Direito e na Verdade,  com o apoio da opinião pública internacional, resiste  e resistirá bravamente.

Em defesa da Democracia, dos Direitos dos Trabalhadores e da Soberania Nacional o golpe – travestido de impeachment - não passará!
...

*Júlio César Schmitt Garcia é Advogado e Especialista em Direito do Estado (UniRitter/RS). Midioativista, é Editor do“Blog do Júlio Garcia”.

Nota: Artigo escrito originalmente para a revista "Em Evidência"
http://www.revistaemevidencia.com.br/

Referências



[1] http://www.revistaforum.com.br/2016/03/28/aviso-geral-brasil-inteiro-precisa-saber/
[3] http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/223492/Dallari-aponta-'mancadas'-do-impeachment.htm
[5] http://www.tijolaco.com.br/blog/lava-jato-ilegal-desde-origem-materia-devastadora-do-uol/

** Postado originalmente em 07/04/2016 - Repostado à pedido.

Presidenta Dilma: Golpe é a tirania dos mais corruptos





*Presidenta Dilma: 'A palavra Golpe estará na testa dos traidores'

15 abril 2016

Lula: "Vamos derrotar o impeachment e encerrar de vez essa crise"




*LULAO ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva gravou nesta sexta-feira (15), em Brasília, uma mensagem ao país e aos deputados sobre a votação da admissibilidade da denúncia do impeachment pela Câmara, que acontece neste domingo. Lula passou a semana conversando com lideranças políticas sobre a necessidade de garantir a democracia e não deixar um golpe acontecer.  

Lula alerta aos deputados que o esforço para o país ser reconhecido como uma nação com instituições sólidas pode ser jogado fora por um passo impensado no próximo domingo. E pede que os parlamentares não "embarquem em aventuras, acreditando no canto da sereia dos que sentam na cadeira antes da hora". E segue: "derrubar um governo eleito democraticamente sem que haja um crime de responsabilidade não vai consertar nada. Só vai agravar a crise".

Em sua mensagem, Lula reafirma a confiança na vitória da democracia no domingo: "Vamos derrotar o impeachment e encerrar de vez essa crise". E anuncia que a partir de segunda-feira, independente de cargos, estará empenhado, junto com a presidenta Dilma, para que o Brasil tenha um novo modo de governar. "Nessa próxima etapa, vou usar minha experiência de ex-presidente para ajudar na reconstrução do diálogo e unir o país".

Assista a fala de Lula clicando no vídeo acima.

**Com o site do http://www.institutolula.org/

14 abril 2016

VAMOS DIZER NÃO AO GOLPE!



*Sexta-feira (e domingo) em Porto Alegre/RS ... e em todo o Brasil!

O manifesto dos Promotores contra o impeachment




Por Fernando Brito, no Tijolaço
Pela importância, política e histórica, retiro do Blog do Marcelo Auler o manifesto assinado por 136 promotores aos deputados, pedindo que rejeitem e convidem os colegas a rejeitar o pedido de impeachment de Dilma Rousseff porque as acusações contra ela “passam longe de ensejar qualquer juízo de indício de crimes de responsabilidade, quanto mais de certeza.”
O texto:
Senhoras e Senhores membros do Congresso Nacional:
Os abaixo-assinados, membros do Ministério Público brasileiro, unidos em prol da defesa da ordem jurídica e do regime democrático, visando o respeito absoluto e incondicional aos valores jurídicos próprios do Estado Democrático de Direito, dirigem-se a Vossas Excelências – como membros do Congresso Nacional e destinatários de milhares de votos – neste momento de absoluta importância para o País, quando decidirão sobre a prática ou não de crime de responsabilidade cometido pela Presidenta da República, Dilma Vana Rousseff.
  1. Por isso, conclamamos Vossas Excelências a votarem contra o processo de “impeachment” da Presidenta da República e envidar todos os esforços para que seus companheiros de legenda igualmente rejeitem aquele pedido.É sabido que o juízo de “impeachment” a versar crime de responsabilidade imputado a Presidente da República perfaz-se em juízo jurídico-político, que não dispensa a caracterização de quadro de certeza sobre os fatos que se imputam à autoridade, assim questionada.
  2. Ausente o juízo de certeza, a deliberação positiva do “impeachment” constitui-se em ato de flagrante ilegalidade por significar conclusão desmotivada, assim arbitrária, assentada em ilações opinativas que, obviamente, carecem de demonstração límpida e clara.
  3. Os fatos articulados no procedimento preliminar de “impeachment”, em curso, e como tratados na comissão preparatória a subsidiar a decisão plenária das senhoras deputadas e dos senhores deputados, com a devida vênia, passam longe de ensejar qualquer juízo de indício de crimes de responsabilidade, quanto mais de certeza.
  4. Com efeito, a edição de decretos de crédito suplementar para remanejar limites de gastos em determinadas políticas públicas autorizados em lei, e os atrasos nos repasses de subsídios da União a bancos públicos para cobrir gastos dessas instituições com empréstimos realizados a terceiros por meio de programas do governo, são ambos procedimentos embasados em lei, pareceres jurídicos e entendimentos do TCU, que sempre considerou tais medidas legais, até o final do ano de 2015, quando houve mudança de entendimento do referido tribunal.
  5. Ora, não há crime sem lei anterior que o defina e muito menos sem entendimento jurisprudencial anterior assentado. Do contrário, a insegurança jurídica seria absurda, inclusive com relação a mais da metade dos governadores e inúmeros prefeitos que sempre utilizaram e continuam utilizando as mesmas medidas que supostamente embasam o processo de impedimento da Presidenta.
  6. Desse modo, não há comprovação da prática de crime de responsabilidade, conforme previsão do artigo 85 da Constituição Federal.
  7. Assim, se mostra contra o regime democrático e contra a ordem jurídica a validação do juízo preliminar do procedimento de impedimento da Senhora Presidenta da República, Dilma Vana Rousseff, do exercício do referido cargo, eleita com 54.501.118 de votos, sem que esteja cabalmente demonstrada a prática de crime de responsabilidade.
  8. Pelas razões apresentadas, conscientes as subscritoras e os subscritores desta nota e na estrita e impostergável obediência à missão constitucional, que lhes é atribuída, todas e todos confiam que as Senhoras e os Senhores Parlamentares do Congresso Nacional Federal não hão de autorizar a admissão do referido procedimento.
  1. Abiael Franco Santos – MPT
  2. Afonso Henrique Miranda Teixeira – MPMG
  3. Alberto Emiliano de Oliveira Neto – MPT
  4. Alexander Gutterres Thomé – MPRS
  5. Alfredo Ricardo de Holanda Cavalcante Machado – MPCE
  6. Allender Barreto – MPMG
  7. Almara Mendes – MPT
  8. Álvaro Augusto Ribeiro Costa – Subprocurador-Geral da República aposentado
  9. Álvaro Poglia – MPRS
  10. Ana Gabriela Brito Melo Rocha – MPMG
  11. Ana Letícia Martins de Souza – MPMG
  12. Ana Luíza Gomes – MPT
  13. Ana Valéria Targino de Vasconcelos – MPT
  14. Anderson Pereira de Andrade – MPDFT
  15. André Silvani da Silva Carneiro – MPPE
  16. André Sperling – MPMG
  17. Andrea Beatriz Rodrigues de Barcelos – MPGO
  18. Antonia Lima Sousa – MPCE
  19. Antônio Carlos Oliveira Pereira – MPT
  20. Athaíde Francisco Peres Oliveira – MPMG
  21. Bettina Estanislau Guedes – MPPE
  22. Carlos Henrique Pereira Leite – MPT
  23. Carlos Henrique Torres de Souza – MPMG
  24. Carlos Leonardo Holanda Silva – MPT
  25. Carolina Mercante – MPT
  26. Cláudio Almeida – MPMG
  27. Cláudio Fonteles – Ex-Procurador-Geral da República aposentado
  28. Christiane Vieira Nogueira – MPT
  29. Cristiane Maria Sbalqueiro Lopes – MPT
  30. Cristiane de Gusmão Medeiros – MPPE
  31. Cristiano Paixão – MPT
  32. Daniel dos Santos Rodrigues – MPMG
  33. Daniel Serra Azul Guimarães – MPSP
  34. Daniela Brasileiro – MPPE
  35. Daniela Ribeiro Mendes – MPT
  36. Denise Maria Schellemberger Fernandes – MPT
  37. Domingos Sávio Pereira Agra – MPPE
  38. Edson Baeta – MPMG
  39. Edvando Franca – MPCE
  40. Elaine Maciel – MPCE
  41. Elaine Nassif – MPT
  42. Elder Ximenes Filho – MPCE
  43. Eliana Pires Rocha – MPF
  44. Elisiane Santos – MPT
  45. Elizabeba Rebouças Thomé Praciano – MPCE
  46. Eloilson Landim – MPCE
  47. Euzélio Tonhá – MPGO
  48. Fabiana de Assis Pinheiro – MPDFT
  49. Fabiano de Melo Pessoa – MPPE
  50. Fernanda Leão – MPSP
  51. Francisco Carlos Pereira de Andrade – MPCE
  52. Francisco Gomes Câmara – MPCE
  53. Francisco Sales de Albuquerque – MPPE
  54. Geraldo Emediato de Souza – MPT
  55. Gilson Luiz Laydner de Azevedo – MPT-RS
  56. Gilvan Alves Franco – MPMG
  57. Guadalupe Louro Turos Couto – MPT
  58. Gustavo Campos de Oliveira – MPRJ
  59. Gustavo Roberto Costa – MPSP
  60. Haroldo Caetano – MPGO
  61. Heleno Portes – MPMG
  62. Hélio José de Carvalho Xavier – MPPE
  63. Henriqueta de Belli Leite de Albuquerque – MPPE
  64. Herton Ferreira Cabral – MPCE
  65. Ilan Fonseca – MPT
  66. Irene Cardoso Sousa – MPPE
  67. Isabela Drumond Matosinhos – MPCE
  68. Itacir Luchtemberg – MPT
  69. Ivana Battaglin – MPRS
  70. Ivanilson Raiol – MPPA
  71. Jacson Campomizzi – MPMG
  72. Jacson Zilio – MPPR
  73. Jaime José Bilek Iantas – MPT
  74. Jecqueline Guilherme Aymar Elihimas – MPPE
  75. João Batista Sales Rocha Filho – MPCE
  76. João Medeiros – MPMG
  77. João Pedro de Saboia Bandeira de Mello Filho – MPF
  78. João Pereira Filho – MPCE
  79. José Arteiro Goiano – MPCE
  80. José Augusto dos Santos Neto – MPPE
  81. Josenildo da Costa Santos – MPPE
  82. Júnia Bonfante Raymundo – MPT
  83. Laís Coelho Teixeira Cavalcanti – MPPE
  84. Leslie Marques de Carvalho – MPDFT
  85. Liduína Martins – MPCE
  86. Lys Sobral Cardoso – MPT
  87. Lisyane Chaves Motta – MPT
  88. Luciana de Aquino Vasconcelos Frota – MPCE
  89. Luciana Marques Coutinho – MPT
  90. Luís Antonio Camargo de Melo MPT
  91. Luiz Alcântara – MPCE
  92. Luiz Henrique Manoel da Costa – MPMG
  93. Luisa de Marillac – MPDFT
  94. Lutiana Nacur Lorentz – MPT
  95. Maisa Silva Melo de Oliveira – MPPE
  96. Marco Aurélio Davis – MPMG
  97. Marcos William Leite de Oliveira – MPCE
  98. Maria Angélica Said – MPMG
  99. Maria Aparecida Mello da Silva Losso – MPPR
  100. Maria Bernadete Martins de Azevedo Figueiroa – MPPE
  101. Maria do Carmo Araújo – MPT
  102. Maria Helena da Silva Guthier – MPT
  103. Marcelo Rosa Melo – MPCE
  104. Márcia Cristina Kamei Lopez Aliaga – MPT
  105. Margaret Matos de Carvalho – MPT
  106. Miriam Villamil Balestro Floriano – MPRS
  107. Mônica Louise de Azevedo – MPPR
  108. Paulo de Tharso Brondi – MPGO
  109. Patrícia Mello Sanfelici – MPT
  110. Pedro Oto de Quadros – MPDFT
  111. Rafael Garcia Rodrigues – MPT
  112. Raphael Luiz Pereira Bevilaqua – MPF
  113. Renato Augusto Mendonça – MPMG
  114. Renato Franco – MPMG
  115. Rita Maria Silva Rodrigues – MPBA
  116. Roberto Carlos Silva – MPDFT
  117. Rodrigo Anaya Rojas – MPMG
  118. Rodrigo Oliveira Vieira – MPRS
  119. Rogério Uzun Fleischmann – MPT
  120. Rômulo Ferraz – MPMG
  121. Rômulo Moreira de Andrade – MPBA
  122. Ronaldo Lima dos Santos – MPT
  123. Rosana Viegas e Carvalho – MPDFT
  124. Sandra Lia Simón – MPT
  125. Sérgio Abritta – MPMG
  126. Silvana Valladares de Oliveira – MPT
  127. Sofia Vilela de Moraes e Silva – MPT
  128. Sônia Toledo Gonçalves – MPT
  129. Thiago Gurjão Alves Ribeiro – MPT
  130. Tiago Muniz Cavalcanti – MPT
  131. Valdirene Silva de Assis – MPT
  132. Virgínia Leite Henrique – MPT
  133. Victor Laitano – MPT
  134. Wagner Gonçalves – MPF
  135. Walter Freitas de Moraes Júnior – MPMG
  136. Westei Conde Y Martin Júnior – MPPE