30 junho 2009

Balanço tucano










'Conteúdo do balanço do governo Yeda é fantasioso'

O líder da bancada do PT na Assembleia Legislativa disse que o balanço dos 30 meses de administração tucana no Rio Grande do Sul, apresentado nesta terça-feira (30) pela manhã pela governadora, tem pouco vínculo com a realidade e é permeado por forte conteúdo fantasioso. Elvino Bohn Gass considera que, no mínimo, Yeda Crusius exagerou ao declarar que “o governo está encerrando o semestre com a autoestima elevada, com o Brasil olhando para nós de forma positiva”. “Trata-se de uma declaração espantosa para a chefe de um governo paralisado por denúncias de irregularidades e que tem mostrado dificuldade para dar respostas às questões mais simples”, analisou.

Déficit Zero

Uma estrutura composta por dois telões e seis televisões LCD foi montada no Salão Negrinho do Pastoreio, no Palácio Piratini, para que a governadora apresentasse à base aliada e à imprensa os resultados obtidos por sua administração até agora. O destaque foi o déficit zero, principal elemento da propaganda oficial da gestão tucana.

Na tribuna da Assembleia Legislativa, Bohn Gass contestou a versão do ajuste fiscal promovido pelo governo gaúcho. Segundo o petista, dados do Balanço Geral do Estado de 2008 demonstram que a redução do déficit foi promovida por uma queda brusca nos percentuais destinados à Manutenção e Desenvolvimento do Ensino. Só no ano passado, o governo deixou de aplicar R$ 1,3 bilhão na área.

O líder petista afirmou, ainda, que o discurso da retomada dos investimentos do Estado também não corresponde à realidade. Em 2007 e 2008, conforme o deputado, o Executivo investiu apenas metade do previsto no orçamento. Para 2009, há R$ 1,2 bilhão disponível, mas até agora o governo só empenhou R$ 212 milhões. “Os números mostram a execução do menor patamar de investimento da administração pública da história do Rio Grande do Sul”, sustentou.

Obras de papel

Em matéria distribuída pelo Palácio Piratini sobre o balanço há citação da duplicação da RS-118, obra que anda em ritmo lento. Até agora, foram contratados apenas 10 quilômetros dos 22 previstos. E há obras em apenas um quilômetro da rodovia. De acordo com o deputado Ronaldo Zulke, coordenador do Comitê de Acompanhamento das Obras de Infraestrutura na Região Metropolitana, neste ano, o governo aplicou apenas R$ 250 mil na rodovia.

O governo anunciou também a conclusão de 174 quilômentros de restauração e construção de novas estradas. A média, no entanto, não deixa margem para comemorações efusivas. São apenas 60 quilômetros por ano e não há, no material, qualquer referência que permita distinguir restauração de novas obras rodoviárias.

Na área da saúde, a governadora apresentou como conquista a abertura de mil novos leitos pelo SUS, iniciativa que não freou o aumento das filas de espera nos hospitais e nem reduziu a prática da ambulancioterapia. “A marca do governo na saúde é o fato de não aplicar os 12%, mantendo o Rio Grande do Sul na posição de estado que menos investe no setor”, apontou Bohn Gass.

As ações na segurança pública, divulgadas pela governadora, na avaliação do parlamentar, foram incapazes de conter o avanço da criminalidade no Estado. O número de homicídios cresceu 27% em 2008 em comparação com dados de 2001. O roubo de carros também aumentou e, em Porto Alegre, superou os registros de São Paulo e do Rio de Janeiro, com uma média de 21 veículos roubados por dia em 2007. (Por Olga Arnt, do sítio PTSul)

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