Em resolução da executiva, central fala em ruptura do Estado de direito e agenda regressiva. Entidades preparam Dia Nacional de Greve para 11 de novembro
São Paulo – RBA - Em resolução divulgada hoje (28), a CUT definiu estratégias para o chamado Dia Nacional de Greve, no próximo dia 11, contra a ameaça de retirada de direitos pelo "governo ilegítimo" de Michel Temer. Os dirigentes da executiva da central, que se reuniu dois dias atrás, em Brasília, também ressaltam aspectos políticos que, segundo eles, mostram os interesses do atual governo. "Na avaliação da CUT, para atingir seu objetivo de restauração neoliberal, as forças que apoiaram o golpe não se importam em colocar em risco a democracia brasileira e desconstruir o Estado de Direito."
Por isso, sustenta a CUT, é preciso se preparar para "um longo e duro período de luta e de resistência". Nesse sentido, começa a convocar sindicatos, categorias em campanha salarial e movimentos sociais para o dia de protestos e paralisações, em 11 de novembro. Ao mesmo tempo, a entidade defende "continuar a pressão" no Senado durante a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, aprovada como 241 na Câmara. A votação em primeiro turno deve ser realizada daqui a um mês, no dia 29.
Segundo a central, o projeto em curso prevê defesa do Estado mínimo, política de austeridade como mecanismo para combater a crise econômica, redução do investimento social, retirada de direitos trabalhistas, privatização e criminalização de movimentos sociais. "Esses processos estão intimamente entrelaçados. Significam a inequívoca ruptura do Estado de Direito e a transição em direção a um regime de exceção, acobertado pela imagem transmitida pela mídia de normalizada democrática e respeito às normas constitucionais", afirma a resolução.
Os dirigentes também manifestam solidariedade aos estudantes e trabalhadores "que estão protagonizando em todo o país" a resistência à PEC 55 e à reforma do ensino médio, simbolizada pela Medida Provisória (MP) 746. O calendário de mobilização inclui, em 4 de novembro, a participação na Jornada Continental pela Democracia e contra o Neoliberalismo – promovida pela Central Sindical das Américas (CSA) – e uma plenária nacional do setor de transportes.
-Via http://www.redebrasilatual.com.br/
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