Carta Maior - Há menos de cinco meses (23/06), os ingleses decidiram virar as costas à religião dos livres mercados globais.
Escolheram o protecionismo, recheado de uma mal disfarçada xenofobia contra imigrantes, como defesa contra o desemprego e as sombrias perspectivas de futuro na ilha de Thatcher.
Nesta 3ª feira (08/11), foi a vez dos norte-americanos.
Alguns decibéis acima, eles elegeram o fascismo protecionista e xenófobo, em resposta à frustrada espera de quarenta anos pela redenção neoliberal, que nunca veio.
Assim será por toda a parte, até que uma alternativa melhor se credencie nas ruas, nas urnas e nas lutas sociais.
Brexit e Trump são faces de um mesmo e assustador acerto de contas dos povos com a desordem capitalista mundial, agravada desde 2008.
Assustador porque, para usar o adágio de Gramsci, compõem manifestações mórbidas de um tempo em que o velho já não consegue mais se manter.
Mas o novo ainda não encontra forças para se impor.
Mas o novo ainda não encontra forças para se impor.
Nesse intermezzo da história reina a treva.
A viagem até ela não foi obra do acaso. (...)
CLIQUE AQUI para continuar lendo o Editorial da Agência Carta Maior, escrito por Saul Leblon.
Nenhum comentário:
Postar um comentário