Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) só concordaram em afastar Eduardo Cunha da presidência da Câmara, depois de verem concretizado o afastamento de Dilma Rousseff da presidência da República. Isso, apesar da insistência de Teori Zavascki, para que agissem antes.
A informação consta do artigo que publicamos abaixo, de autoria do subprocurador-geral da República, Eugênio Aragão, em defesa da memória do ministro do STF, que faleceu dia 19/01 (quinta-feira) em um acidente aéreo, em Paraty, no litoral sul do Rio de Janeiro. Ao publicar esta nova colaboração de Aragão ao blog, entendi que esta informação, perdida no meio do texto, merecia o devido destaque. Afinal, muitas cobranças têm sido feitas ao ministro do STF, justamente por conta da demora no afastamento de Cunha.
Destaco, por exemplo, um excelente artigo do delegado federal aposentado e advogado, Armando Coelho Neto – Foi-se Teori. Um crime que não interessa ao PT -, publicado no Jornal GGN, de Luís Nassif, no qual ele diz: “Teori Zavascki cumpriu sua parte no golpe e as ogivas que trazia no colo já não afetariam tanto o combalido PT, mas sim a caterva apoiada pelos patos da Av. Paulista. Se houve sabotagem, os investigantes não podem desprezar a mais primária das questões policiais: a quem interessa o crime?”.
Certamente, ele se surpreenderá, assim como muitas outras pessoas, ao lerem Aragão – que tinha em Zavascki um interlocutor – trazendo a público algumas informações desconhecidas. A relutância dos ministros do Supremo – quantos teriam sido? – em afastar Cunha da presidência da Câmara, antes do afastamento da presidente Dilma Rousseff é uma dela. Confirma que o “esperto (e suspeito) político do PMDB”, ex-presidente daquela casa legislativa, se tornou um “mero instrumento” na organização do golpe do impeachment, logo desprezado depois que o objetivo maior foi atingido.
Mas, Aragão nos informa mais. Conta que Zavascki “sentiu-se mal por isso, mas não era dono das circunstâncias políticas que dominavam aquele momento”. Da mesma forma, testemunha que o relator do maior processo de corrupção que o país já viu, “não compactuava com os abusos no âmbito da Lava-Jato. Sempre lhe causou muito desconforto o modo de proceder do juiz Sérgio Moro, com sua promoção pessoal às custas da presunção de inocência de investigados e no limite do partidarismo”.
Não preciso dar mais detalhes. O melhor é ler o original, que segue abaixo, em primeira mão aqui no Blog, motivo pelo qual agradeço a distinção. (...)
CLIQUE AQUI para continuar lendo (via Blog do jornalista Marcelo Aurer).
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