Por Marco Weissheimer*
O discurso emocionado feito pelo desembargador
Lédio Rosa de Andrade, magistrado no Tribunal de Justiça de Santa
Cataria, na sessão fúnebre em homenagem ao reitor Luiz Carlos
Cancellier, ganhou repercussão nacional ao denunciar a implantação de
uma ditadura no Brasil e a ameaça do retorno do fascismo no país. Em sua
fala, o desembargador fez, ao mesmo tempo, um alerta e uma convocação
para enfrentar essa ameaça: “Esta noite fiquei a pensar quando a
humanidade errou e não parou Hitler no momento certo, quando a
humanidade errou e não parou Mussolini no momento certo… Eles estão de
volta. Será que vamos errar de novo e vamos deixá-los tomar o poder? A
democracia não permite descanso. Eles [os fascistas] estão de volta.
Temos que pará-los”.
Passados pouco mais de dois meses do trágico suicídio do reitor da
Universidade Federal de Santa Catarina, a Polícia Federal segue
realizando operações em universidades públicas, como ocorreu na semana
passada na Federal de Minas Gerais e na própria UFSC, mais uma vez. “Não
há dúvida de que existe um planejamento para atacar as universidades. A
gente não sabe ainda até que ponto esse planejamento é consubstanciado
em provas de uma série de crimes dentro da universidade ou é um
planejamento para destruir a universidade”, diz Lédio Rosa de Andrade,
em entrevista ao Sul21.
“Aliás”, acrescenta o desembargador, “a gente não sabe nem o que é a
Lava Jato mesmo. Temos apenas hipóteses. O que se sabe é que há
processos muito bem estruturados pela Polícia Federal para atacar a
universidade”. No Brasil, afirma ainda o magistrado, “estão sendo feitas
verdadeiras barbaridades sob o ponto de vista jurídico e das conquistas
civilizatórias em termos de Estado democrático de Direito, com a
complacência dos tribunais superiores. Considerando o que está sendo
feito na Lava Jato, em muitos países civilizados do mundo, os condutores
estariam presos por ofensa à ordem democrática”. (...)
CLIQUE AQUI para ler na íntegra (*via Sul21)
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