Nenhuma surpresa no fato de Aécio Neves ter sido transformado em réu pelo recebimento de dinheiro da JBS.
Aécio, Temer (esperando janeiro) e outros são fósforos riscados, que
bem serviram ao golpe mas já não tem uso e ajudam a alimentar a lenda de
que “a lei é para todos”.
Um pouco de “jeito” e ficará como Eduardo Azeredo, esperando anos e anos que a “célere” justiça se faça.
Isso, num caso em que há mala, gravação de áudio e de vídeo e não simples “convicção”.
Ainda assim, O Globo, na sua piedosa manchete, diz que “Seis senadores já são réus da Lava-Jato no Supremo” e só no subtítulo menciona que Aécio se juntou a esta lista.
Mas cedo, o inefável Carlos Alberto Sardemberg diz que Aécio “estava
evidentemente brincando” quando disse que seu primo Frederico, escalado
para apanhador da mala de dinheiro, podia ser morto se ameaçasse abrir a
boca.
(Aliás, no mesmo jornal da CBN, ele reescreveu o artigo da Lei de
Execução Penal dizendo que as visitas a Lula só poderia ser dos filhos e
irmãos – parentes de 1° grau, disse ele – e dos advogados, embora a lei
fale expressamente em “amigos”).
De toda a forma, nenhum significado tem mais Aécio senão o de representar uma suposta imparcialidade judicial.
Ele já não vem ao caso para a política.
(Por Fernando Brito, no Tijolaço)
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