“Nestes dois anos de golpe, o número de pessoas em situação de miséria cresceu 11,2%”. (Foto: Filipe Castilhos/Sul21) |
Nelsinho Metalúrgico (*)
Precarização dos direitos trabalhistas e 13 milhões de desempregados é
o saldo que o governo golpista de Michel Temer deixa para o Dia
Internacional do Trabalhador, data que marca as lutas e conquistas da
classe operária em todo o mundo.
O governo Temer retomou a prática das privatizações, da entrega do
patrimônio público e do desmonte das maiores empresas nacionais, como os
Correios, a Eletrobras e a Petrobras. Para piorar, o ajuste fiscal em
curso contrai o crescimento, restringe a receita, gera desemprego e
acelerada rapidamente a ampliação da pobreza.
A Reforma Trabalhista de Temer elevou o contingente de pessoas
desempregadas, além de precarizar as condições de trabalho, reduzindo
significativamente o número de empregos com carteira assinada. Pela
primeira vez, o número de trabalhadores informais supera o de
trabalhadores formais em nosso país.
Dados da Pnad Contínua, do IBGE, demonstram que o Brasil perdeu mais
de 1,4 milhão de postos de trabalho formais em dois anos. Hoje, o
desemprego supera o patamar de 13 milhões de pessoas. Outro problema é a
redução da média salarial nas substituições. Conforme dados do Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o salário médio dos
admitidos em fevereiro foi de R$ 1.502,68, enquanto o dos demitidos era
de R$ 1.662,95.
A Reforma Trabalhista de Temer também impactou no aumento da extrema
pobreza. Nestes dois anos de golpe, o número de pessoas em situação de
miséria cresceu 11,2%, aproximando-se de 15 milhões de brasileiros. É o
dobro da população da Bulgária.
Enquanto os trabalhadores são vilipendiados, a desigualdade e a
concentração da renda só aumentam – 10% dos brasileiros concentra mais
de 43% da renda total do país, enquanto aos 10% mais pobres sobra apenas
0,7% da renda total.
Tudo isso em meio a prisão política do maior representante da classe
operária de nosso país, o líder maior de nossa Nação, o torneiro
mecânico e ex-presidente, Luís Inácio Lula da Silva. A prisão sem provas
do presidente Lula tem um único objetivo: calar o desejo da maioria da
população brasileira e impedi-lo de voltar à Presidência da República.
Todas as pesquisas eleitorais mostram que o povo quer Lula presidente
mais uma vez. A população brasileira não aguenta mais os efeitos do
golpe.
As forças do conservadorismo retiraram Lula da vida pública porque
sua volta à Presidência significa o retorno de um projeto político que
vai contra aos grandes interesses. Um projeto que implantou políticas
públicas voltadas à distribuição de renda, justiça social e ampliação
dos serviços públicos para as pessoas mais pobres.
O momento é difícil, mas como disse o companheiro Lula, jamais
conseguirão aprisionar nossos sonhos. Seguimos na luta. O povo quer Lula
livre!
(*) Deputado Estadual (PT-RS)
**Postado originalmente no Sul21
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