26 abril 2018

Primeiro de maio da tristeza (por Nelsinho Metalúrgico)


“Nestes dois anos de golpe, o número de pessoas em situação de miséria cresceu 11,2%”. (Foto: Filipe Castilhos/Sul21)

Nelsinho Metalúrgico (*)
 
Precarização dos direitos trabalhistas e 13 milhões de desempregados é o saldo que o governo golpista de Michel Temer deixa para o Dia Internacional do Trabalhador, data que marca as lutas e conquistas da classe operária em todo o mundo.

O governo Temer retomou a prática das privatizações, da entrega do patrimônio público e do desmonte das maiores empresas nacionais, como os Correios, a Eletrobras e a Petrobras. Para piorar, o ajuste fiscal em curso contrai o crescimento, restringe a receita, gera desemprego e acelerada rapidamente a ampliação da pobreza.

A Reforma Trabalhista de Temer elevou o contingente de pessoas desempregadas, além de precarizar as condições de trabalho, reduzindo significativamente o número de empregos com carteira assinada. Pela primeira vez, o número de trabalhadores informais supera o de trabalhadores formais em nosso país.

Dados da Pnad Contínua, do IBGE, demonstram que o Brasil perdeu mais de 1,4 milhão de postos de trabalho formais em dois anos. Hoje, o desemprego supera o patamar de 13 milhões de pessoas. Outro problema é a redução da média salarial nas substituições. Conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o salário médio dos admitidos em fevereiro foi de R$ 1.502,68, enquanto o dos demitidos era de R$ 1.662,95.

A Reforma Trabalhista de Temer também impactou no aumento da extrema pobreza. Nestes dois anos de golpe, o número de pessoas em situação de miséria cresceu 11,2%, aproximando-se de 15 milhões de brasileiros. É o dobro da população da Bulgária.

Enquanto os trabalhadores são vilipendiados, a desigualdade e a concentração da renda só aumentam – 10% dos brasileiros concentra mais de 43% da renda total do país, enquanto aos 10% mais pobres sobra apenas 0,7% da renda total.

Tudo isso em meio a prisão política do maior representante da classe operária de nosso país, o líder maior de nossa Nação, o torneiro mecânico e ex-presidente, Luís Inácio Lula da Silva. A prisão sem provas do presidente Lula tem um único objetivo: calar o desejo da maioria da população brasileira e impedi-lo de voltar à Presidência da República. Todas as pesquisas eleitorais mostram que o povo quer Lula presidente mais uma vez. A população brasileira não aguenta mais os efeitos do golpe.

As forças do conservadorismo retiraram Lula da vida pública porque sua volta à Presidência significa o retorno de um projeto político que vai contra aos grandes interesses. Um projeto que implantou políticas públicas voltadas à distribuição de renda, justiça social e ampliação dos serviços públicos para as pessoas mais pobres.

O momento é difícil, mas como disse o companheiro Lula, jamais conseguirão aprisionar nossos sonhos. Seguimos na luta. O povo quer Lula livre!

(*) Deputado Estadual (PT-RS)

**Postado originalmente no Sul21

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