Lula, blogueiros e o mais importante: internet incomoda mídia corporativa
Gabriel Brito escreve:
Na manhã desta quarta-feira, 24, a comunicação brasileira viveu um simbólico momento de transição. Em iniciativa praticamente inédita, um grupo de jornalistas que mantêm blogs políticos na internet (alguns sem vinculação com outros veículos de mídia) entrevistou o presidente Lula no Planalto, com transmissão ao vivo pela rede, por twitcam.
Formada por jornalistas que trabalham na chamada mídia alternativa – hoje em dia sinônimo de mídia de esquerda, tamanha a padronização conservadora dos veículos tradicionais -, a bancada entrevistadora articulou a conversa com o presidente em meados de agosto, após o 1º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, aproveitando a oportunidade para também disseminar a revolução que as comunicações inelutavelmente viverão, com produção e transmissão de conteúdo ao alcance de qualquer cidadão minimamente equipado das atuais tecnologias.
Obviamente, tais transformações terão impacto sobre a imprensa hegemônica, ainda pouco mensurável, mas o fato é que ela já se encontra em polvorosa com o impulso de ferramentas que livrem a população das "nove ou dez famílias que controlam a comunicação", conforme já dissera o presidente.
Por conta disso, já estão se entrincheirando na defesa de seus interesses. Isso num momento de efervescência no setor, após o Seminário Internacional de Comunicações, convocado pela Secretaria de Comunicação do governo, sob liderança do ministro Franklin Martins e realizado no início do mês, e o anúncio de quatro estados (BA, CE, AL e PI) da pretensão de criarem conselhos estaduais de comunicação, com o intuito de fiscalizar a atuação da mídia e seu respeito às leis e a diversos direitos individuais – escandalosamente violados pelos atuais donos da comunicação.
Não por coincidência, começaram a pipocar matérias sobre os "perigos" de uma internet cada vez mais habitada pelos brasileiros, onde haveria somente terra sem lei e nenhuma proteção à privacidade das pessoas, de preferência com exemplos isolados de mau uso da rede, ao mesmo tempo em que não estimula e nem discute seu uso adequado, cidadão e emancipador. (...)
-Leia o artigo, na íntegra (postado originariamente no sítio Correio da Cidadania), Clicando Aqui
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