Candidato se colocou à
disposição para a luta contra o retrocesso, a violência e os ataques à
democracia: “Nós não vamos deixar este país ir para trás”
Findadas
as eleições presidenciais de 2018, o candidato Fernando Haddad fez um
pronunciamento aos brasileiros. O candidato fez um chamado de coragem
aos mais de 45 milhões de eleitores que se opuseram ao autoritarismo
e violência representados pela candidatura adversária.
Ele se
colocou à disposição para a luta contra o retrocesso e os ataques à
democracia, em um discurso espontâneo aclamado pelos apoiadores que
acompanhavam a apuração, em São Paulo. “Coloco a minha vida à disposição
desse país, e tenho certeza de que falo a milhões de pessoas.”
Agradeceu
a militância aguerrida, grande responsável pelo crescimento nas
vésperas do pleito. “Gente que saiu às ruas, passou a panfletar no país
inteiro, passou a dialogar e reverter o quadro que se anunciava na
primeira semana do primeiro turno.”
Também lembrou que o Brasil
já enfrente há alguns anos a fragilidade das instituições, refletidas
no golpe contra Dilma Roussefff e na prisão de Lula, impedido de
registrar sua candidatura, contrariando recomendações da ONU. E que a
luta é por democracia e soberania continua.
“Daqui a quatro anos
teremos uma nova eleição. Temos que garantir as instituições e não vamos
deixar de exercer nossa cidadania. Talvez o Brasil nunca tenha
precisado tanto do exercício da nossa cidadania como agora. E quero
dizer que senti uma angústia e um medo em muitas pessoas. Não tenham
medo. Nós estaremos aqui, estaremos juntos. Vamos abraçar a causa de
vocês. Coragem. Viva o Brasil!”
Confira os principais trechos:
“Aprendi
o valor da coragem para defender a justiça a qualquer preço, aprendi
que a coragem é um valor muito grande em sociedade, e que a gente
depende dela.
Uma parte expressiva do povo brasileiro precisa ser
respeitada nesse momento. Diverge da maioria e tem uma visão diferente
do Brasil.
Gente que saiu às ruas, passou a panfletar no país
inteiro, passou a dialogar e reverter o quadro que se anunciava na
primeira semana do primeiro turno.
Vivemos um período já longo,
em que as instituições são colocadas a prova a todo instante. A começar
em 2016, com a derrubada da presidenta Dilma e com a prisão do
presidente Lula.
Fomos a todos os rincões levar a mensagem que
precisávamos levar. Que a soberania e a democracia estão acima de todos
nós. Entendemos a democracia não só do ponto de vista formal, são os
direitos civis, políticos e trabalhistas que estão em jogo nesse
momento. Temos uma tarefa enorme, que é defender os interesses e os
pensamentos desses 45 milhões que nos acompanharam até aqui. Nós temos
um compromisso com a prosperidade do país (…) e temos que fazer
oposição.
Nós não vamos deixar este país ir para trás. Nós vamos
colocá-lo acima de tudo e vamos defender os nossos pontos de vista,
respeitando a democracia, respeitando as instituições, mas sem deixar de
colocar nosso ponto de vista, sobre tudo que está em jogo no Brasil.
Verás
que um professor não foge à luta! (…) Temos uma longa trajetória e
reconhecemos a cidadania, não vamos deixar esse país para trás. Vamos
colocar nosso ponto de vista em todo. Vamos reconectando com as bases,
nos reconectando com os pobres desses país.
Daqui a quatro anos
teremos uma nova eleição. Temos que garantir as instituições e não vamos
deixar de exercer nossa cidadania. Talvez o Brasil nunca tenha
precisado tanto do exercício da nossa cidadania como agora. E quero
dizer que senti uma angústia e um medo em muitas pessoas. Não tenham
medo. Nós estaremos aqui, estaremos juntos. Vamos abraçar a causa de
vocês. Coragem. Viva o Brasil!”
*Grifos deste Blog
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