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- O presidente Jair Bolsonaro e ministros cancelaram um pronunciamento
que fariam nesta quarta-feira (23) no Fórum Econômico Mundial, em Davos,
na Suíça. De acordo com o assessor da Presidência Tiago Pereira
Gonçalves, o cancelamento aconteceu devido o que ele e o governo
consideram "abordagem antiprofissional da imprensa".
Iniciativa
é tomada em meio escândalos das milícias no Rio que ganhou destaque na
imprensa nacional. Foram presos suspeitos de envolvimento com o
assassinato da ex-vereadora do Rio Marielle Franco (PSol) e a mãe de um
deles - o ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega -, que está
foragido, trabalhou para no gabinete do senador eleito Flávio Bolsonaro
(PSL-RJ) na Assembleia Legislativa do Rio. Inclusive, o parlamentar
também já tinha feito homenagens ao policial.
A
organização do Fórum preparou uma sala com quatro lugares reservados
para autoridades brasileiras. Havia placas com os nomes de Bolsonaro e
dos ministros Sérgio Moro (Justiça), Ernesto Araújo (Relações
Exteriores) e Paulo Guedes (Economia).
O
pronunciamento de Bolsonaro estava marcado para 13h (horário de
Brasília). De fato, não é comum um chefe de Estado ou governo não
conceder nenhuma entrevista coletiva em Davos, evento visto como uma
vitrine mundial para investidores.
Segundo o colunista do G1 e da GloboNews Valdo Cruz, assessores de
Bolsonaro chegaram a argumentar que ele precisa se poupar fisicamente,
devido ao fato de ter uma cirurgia para retirada da bolsa de colostomia
marcada para segunda-feira (28).
Nesta terça, a imprensa mundial
atestou a superficialidade do discurso de Bolsonaro em Davos. Sylvie
Kauffmann, diretora editorial e colunista do Le Monde, por exemplo,
citou o “Fiasco de Bolsonaro em Davos, incapaz de responder
concretamente às questões de Klaus Schwab. 15 min. de generalidades".
Segundo
Heather Long, do The Washington Post, o discurso do brasileiro foi um
“grande fracasso”. “O presidente brasileiro Bolsonaro falou por menos de
15 minutos. Grande fracasso. Ele tinha o mundo inteiro assistindo e sua
melhor linha era dizer às pessoas para irem de férias ao Brasil.
Bolsonaro é classificado como ‘Trump sul-americano’, mas ele parecia
morno".
*Via Brasil247
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