Por Fernando Brito, jornalista*
Edson Fachin segue em seu papel de “lebre esperta” e não demorou mais
que algumas horas para “dar um jeito” no agravo com que a defesa de
Lula pedia que o ex-presidente fosse, como estava previsto, julgado
pela 2ª Turma do STF, onde teria mais chances de ser libertado
provisoriamente ou, no mínimo, colocado em prisão domiciliar, o que
permitiria, em parte, romper o isolamento a que está submetido em
Curitiba.
Poderia recusar o agravo e sofrer recurso ou, como seria normal,
submetê-lo à Turma. Fez, porém, uma “tabelinha” de conveniência com
Cármem Lúcia e o enviou a plenário, pedindo antes o parecer da
Procuradoria Geral da República, com 15 dias de prazo para que seja
apresentado.
Como só há mais uma semana de funcionamento do STF antes do recesso
de julho – sim, como os escolares, suas excelências têm férias de “meio
de ano” – só a partir de agosto a Presidente do Supremo poderá, quando
lhe convier, colocar o assunto em pauta.
Já teremos, então, o processo eleitoral aberto, as candidaturas em registro e os candidatos definidos formalmente.
Com Lula na cadeia.
Assim, procrastinando, como fazem há meses e “escolhendo” a
composição dos julgadores, os “éticos” do STF vão fugindo de desfazer o
absurdo jurídico que é executar antecipadamente uma pena no mínimo
polêmica de alguém que não foge da Justiça – mesmo do arremedo de
Justiça que se lhe oferece – e não oferece perigo algum – exceto o
“perigo político” – à sociedade.
Lula pede para ser julgado de acordo com a lei vigente, mas os juízes
covardes que o têm nas mãos preferem usar a manipulação do tempo
judicial como “argumento”.
Afinal, como se sabe, a covardia é a marca dos canalhas.
*Via Tijolaço
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