12 fevereiro 2019

MP desacelerou investigação sobre Flávio Bolsonaro durante a campanha eleitoral - Promotores já tinham em mãos relatório do Coaf, mas só agiram em novembro


Jair e seu mui amigo Queiroz, pescando...

Apuração sobre gabinete de Flávio Bolsonaro e seu ex-assessor Queiroz desacelerou durante as eleições

DCM - Reportagem de Italo Nogueira na Folha de S.Paulo informa que dados divulgados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro indicam que a investigação sobre a movimentação financeira de Fabrício Queiroz, policial militar aposentado e ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), desacelerou de agosto a novembro do ano passado, período que compreende a campanha eleitoral. Segundo histórico divulgado pela Promotoria, foram produzidos cinco relatórios financeiros de janeiro a 6 de agosto. Após isso, Queiroz foi notificado a depor apenas em 22 de novembro, três semanas depois do segundo turno da eleição.

De acordo com a publicação, nesse intervalo, não há nenhuma outra movimentação relevante dos promotores formalizada no procedimento, segundo os dados divulgados. A redução no ritmo da investigação no período eleitoral é corroborada ainda por relatório feito pelo promotor Cláudio Calo, no despacho em que se declarou suspeito para investigar Flávio.

O procedimento principal, aberto pelos promotores em 30 de julho, acumulava apenas 37 páginas até a eleição do filho do presidente Jair Bolsonaro ao Senado, em outubro. De novembro até a última terça-feira (5) foram produzidas mais de 300, além da inclusão de um pendrive e um DVD de conteúdo ainda desconhecido. No início deste ano, em entrevista, o procurador-geral de Justiça do Rio, Eduardo Gussem, afirmou que, durante o período eleitoral, o Gaocrim (Grupo de Atribuição Originária Criminal), responsável pela apuração do caso, tinha como prioridade outras investigações que exigiam prisões, completa a Folha.

Flávio Bolsonaro. Foto: Reprodução/Instagram
 
*Com o Diário do Centro do Mundo - DCM

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