Por Altamiro Borges*
Na última quinta-feira (31), o conselho federal da Ordem dos Advogados
do Brasil (OAB) elegeu Felipe Santa Cruz como novo presidente da
entidade. De imediato, toda a imprensa destacou que o advogado é filho
de um militante assassinado durante a ditadura militar e que já comprou
várias brigas contra o ex-deputado e atual presidente Jair Bolsonaro.
Ele presidiu a OAB do Rio de Janeiro por dois mandatos e comandará o
órgão nacional até 2022, substituindo o paquidérmico oportunista Cláudio
Lamachia, que apoiou a cruzada golpista contra Dilma Rousseff e nada
fez contra a quadrilha de Michel Temer.
Conforme o perfil publicado na Folha, o novo
presidente da OAB “é filho de Fernando Santa Cruz, militante de esquerda
e desaparecido político desde março de 1974. De acordo com o delegado
Cláudio Guerra no livro ‘Memórias de uma Guerra Suja’, o corpo dele foi
queimado na Usina de Cambahyba, na região de Campos, norte do Rio. Esse
histórico, inclusive, fez com que Felipe se opusesse a Jair Bolsonaro,
então deputado federal. A desavença começou em 2011, quando, numa
palestra na Universidade Federal Fluminense, disse que Fernando Santa
Cruz ‘deve ter morrido bêbado em algum acidente de carnaval’. Em 2016,
Felipe pediu a cassação do mandato do deputado por ‘apologia à tortura’,
após o parlamentar ter, durante votação do impeachment de Dilma
Rousseff, homenageado o coronel Carlos Brilhante Ustra, que comandou o
DOI-Codi em São Paulo. À época, Felipe afirmou que a imunidade
parlamentar não poderia ser usada para ‘salvaguardar atitudes
criminosas".
Já a revista Época revela que uma das primeiras medidas de Felipe Santa
Cruz será a criação do Observatório da Liberdade de Imprensa, “para
zelar pela livre atuação dos jornalistas no país e criar parcerias para
garantir a segurança do exercício da profissão”.
A iniciativa não deve agradar muito ao censor Jair Bolsonaro e aos seus aspones, que têm destilado veneno contra os jornalistas e não escondem o seu ódio visceral à liberdade de expressão.
Diante do grave risco de fascistização do país, muita gente se animou com o novo presidente da OAB – entidade que teve destacado papel na luta pela democratização do Brasil e que na fase recente sofreu uma impressionante guinada à direita e à estagnação.
A conferir! Confesso, porém, que não boto muita fé!
A iniciativa não deve agradar muito ao censor Jair Bolsonaro e aos seus aspones, que têm destilado veneno contra os jornalistas e não escondem o seu ódio visceral à liberdade de expressão.
Diante do grave risco de fascistização do país, muita gente se animou com o novo presidente da OAB – entidade que teve destacado papel na luta pela democratização do Brasil e que na fase recente sofreu uma impressionante guinada à direita e à estagnação.
A conferir! Confesso, porém, que não boto muita fé!
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