29 maio 2018

Os ‘blackblocs’ do Bolsonaro



militar


Não vê quem não quer que o que remanesce no bloqueio das estradas é a parte –  e não necessariamente pequena – de caminhoneiros e – autônomos e empregados de transportadoras – ligados ou manipulados por gente de extrema direita ensandecida.

Impossível ignorar as dúzias de faixas, vídeos e reportagens de um sem-número de empresários, de todos os portes, dizendo que “não é só pelos 46 centavos” e exigindo a intervenção militar.

Eu mesmo assisti um empresário de Sorocaba conclamando a derrubar o Governo Temer por ser…comunista!

Os relatos de que grupos destes sujeitos intimidam com ameaças ou até com depredações os postos que recebem combustível não deixam dúvidas sobre o grau de fanatismo que praticam.

Recomenda-se a leitura de matéria da Folha, esta tarde:

No fim da tarde desta segunda, um grupo de cerca de mil manifestantes obstruíram parcialmente a região da Praça dos Três Poderes e a Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Eles pediam a volta da ditadura militar, a saída do presidente Michel Temer e a queda do preço da gasolina.

Meter-se com este grau de irracionalidade política, como querem alguns, é mais que imprudência, é suicídio político.

A esquerda é passageira neste caso e não deve pedir carona.

O foco é a necessidade de que a Petrobras seja uma empresa pública que olhe pelo interesse público. Sua reestatização, não sua privatização como vem sendo feita pela dupla Temer-Parente.

Não há razão para aderir e há todas para recusar a promiscuidade com os blackblocks do Bolsonaro.

(Por Fernando Brito in Tijolaço)

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