Crítica & Autocrítica - nº 123
Por Júlio Garcia*
*Conforme colocávamos na Coluna C&A, nº 121, “2018, o ano que ora inicia – não é exagero afirmar -, será decisivo para definirmos se poderemos voltar a caminhar na direção de um país democrático, com geração de trabalho e renda, menos desigualdades sociais, mais justo, inclusivo, participativo e respeitado internacionalmente – ou continuaremos afundando (em todos os sentidos!), como está ocorrendo desde o golpe infame, entreguista e antinacional que derrubou uma Presidenta legítima, honrada e honesta, rasgou a Constituição e instalou o Estado de Exceção no Brasil.”
*Conforme colocávamos na Coluna C&A, nº 121, “2018, o ano que ora inicia – não é exagero afirmar -, será decisivo para definirmos se poderemos voltar a caminhar na direção de um país democrático, com geração de trabalho e renda, menos desigualdades sociais, mais justo, inclusivo, participativo e respeitado internacionalmente – ou continuaremos afundando (em todos os sentidos!), como está ocorrendo desde o golpe infame, entreguista e antinacional que derrubou uma Presidenta legítima, honrada e honesta, rasgou a Constituição e instalou o Estado de Exceção no Brasil.”
*Destacávamos também que “Além
dos ataques aos trabalhadores com as antirreformas já aprovadas - ou em
curso - pelo governo golpista, com o devido respaldo da maioria dos
membros desse Congresso espúrio (como é o caso da reforma trabalhista e
da previdência), da retirada de direitos, do aniquilamento de programas
sociais, profissionais e culturais, potencializa-se agora o golpe com a
tentativa de condenação em Segundo Grau do ex-presidente Lula, líder em
todas as pesquisas para as eleições presidenciais deste ano e, assim,
afastá-lo da disputa. Não vamos permitir isso. Como todo o país – e o
Mundo - já sabe, “Eleição sem Lula é Fraude”!”
*Como
vimos, estamos caminhando para o final do mês de março... e a
conjuntura continua praticamente a mesma: o desgoverno corrupto do 'vampirão' impostor mergulhado em crises, denúncias e mais denúncias, escândalos, completamente desmoralizado ... afundando dia a dia.
*Faço,
ainda, três apontamentos - que, entendo, merecem maior atenção – sobre o
que ocorreu neste primeiro período do ano (três positivos e outros
três, extremamente negativos:
*Os
positivos: 1- A enorme mobilização popular ocorrida em Porto Alegre e
em dezenas de cidades importantes do país por ocasião do julgamento do
ex-Presidente Lula no TRF4; 2- A derrota infringida pelos trabalhadores
em suas mobilizações contra a antirreforma da Previdência pretendida
pelo governo golpista capitaneado pelo impostor Temer e seus aliados. 3-
O sucesso e a grande recepção popular que obteve a Caravana do
Presidente Lula pelos três estados do Sul. (Leia Aqui).
*Negativos:
1- A condenação sem provas do ex-Presidente Lula no TRF4 – vimos que
foi, conforme já denunciávamos, um verdadeiro jogo de cartas marcadas);
2- A intervenção militar no RJ, equivocado e perigosíssimo precedente,
que acentua o caráter de Estado de Exceção já vivenciado no país, assim
como do posterior assassinato da vereadora Marielle (Psol) e do
motorista Anderson, por milicias no RJ. 3- As provocações, ataques,
baixarias e, para culminar, o atentado que sofreu a Caravana do
presidente Lula no Paraná (leia Aqui e Aqui).
*Mudando
de assunto: Na última reunião ordinária da Câmara de Vereadores de
Santiago repetiram-se cenas de covardia política explícita: alguns edis
(adversários do PT, alinhados com os golpistas), fazendo eco aos
berros, truculências e demais baixarias produzidas pelos coxinhas,
extremistas de direita e setores de latifundiários ultradireitistas (e
seus prepostos) e com a mídia conservadora e golpista, mais uma vez
atacaram ‘pelas costas’ o Presidente Lula, sua Caravana pelo Sul e o PT.
*Como
é sabido, nesta legislatura o PT santiaguense não tem vereadores.
-Assim, pelas costas, 'senhores edis golpistas', é fácil. Queria ver se
teriam coragem de virem para um debate conosco ...‘frente a frente’.... '
Olho no olho!' O desafio está lançado.
*Como
se isso não bastasse, a nova direção da Mesa da Câmara de Vereadores de
Santiago (agora presidida pelo vereador Décio Loureiro, do PP), mal
assumiu e já rompeu com uma antiga tradição democrática adotada pela
Mesa da Câmara em outras legislaturas, que consistia em ceder
(eventualmente) o espaço do Plenário da mesma (e do Auditório CFA) para
eventos políticos e/ou culturais de relevância, organizados (ou não)
pelos partidos políticos locais. Como se aquele espaço não fosse
público, pago e sustentado com o dinheiro dos cidadãos (de todos,
indistintamente de partidos).
*Pois
a 'primeira vítima' dessa atitude autoritária e antidemocrática da nova
Mesa da Câmara foi o PT, que teve negado sua solicitação (realizada por
este Editor) de empréstimo do Plenário (em dia e horário que estavam
vagos) para a realização de um evento que contaria com a presença do
companheiro Marcelo Carlini, dirigente da do Diálogo e Ação Petista
(DAP, fórum de discussão do partido) e da CUT/RS. Tempos sombrios,
estes...
*Só
para refrescar a memória: foi no saudoso Governo Olívio Dutra (PT e
Frente Popular) que o espaço que hoje abriga o Auditório Caio Fernando
Abreu, que era propriedade do Estado, foi doado graciosamente para a
Câmara de Vereadores. Este Editor, à época integrante da Casa Civil do
Governo do Estado, foi quem fez a entrega oficial à então Presidenta da
Câmara de Vereadores de Santiago, a ex-vereadora Leane Tusi Braga.
*Uma
palavrinha sobre os jornais locais - Em Santiago e Região temos dois
semanários que, embora tenham sede em Santiago, tiragem parecida e
atinjam com suas edições praticamente o mesmo número de leitores e
municípios abrangidos, em relação a linha editorial que adotam têm
profundas diferenças. Vejamos: O Jornal (?!) Expresso Ilustrado (e seu
site NP) mantém uma linha rasteira e provocativa contra o PT e a
esquerda, traz charges de mau gosto e parciais, briga sistematicamente
com a língua pátria, não dá o direito ao ‘contraponto’ e ao
contraditório (especialmente ao PT, mas quando atacado pelos empresários
e fazendeiros recua vergonhosamente).
*Diferentemente desse pasquim, o jornal A Folha
é o inverso: matérias bem trabalhadas, com conteúdo, sem provocações
baratas, bem diagramado, dá amplo espaço ao contraditório e ao “direito
de resposta”, enfim, como deve ser a linha de um jornal sério,
informativo, educativo e democrático.
*Nem
tudo está perdido, portanto!!! Que continue assim. A democracia, a boa
informação (e os leitores, claro!) é quem ganham com isso. -
#ALutaSegue!!!
*E.T.: Crítica & Autocrítica -coluna que escrevo (i)regularmente para o Portal O Boqueirão Online
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